País
O aeroporto de Beja poderia trazer muitos benefícios à região e ao país, mas está praticamente vazio.
A falta de ligações diretas entre Beja e Lisboa está a travar investimentos no distrito. A população pede a conclusão da A26 e a rentabilização do aeroporto de Beja, que continua praticamente parado.
O aeroporto que está a 10 quilómetros da cidade de Beja tem uma pista de 3.460 metros de comprimento numa zona privilegiada. Custou 33 milhões de euros e resulta do aproveitamento civil da Base aérea n.º11. Começou a operar em 2011, quando se realizou o voo inaugural.
Aqui podem aterrar todo o tipo de aviões, mas quase 14 anos depois a população continua a reivindicar o seu aproveitamento, que inclusive poderia resolver os problemas dos aeroportos de Lisboa e Algarve.
O grande entrave são as acessibilidades: inicialmente estava prevista a ligação da linhaferroviária ao aeroporto de Beja, tal como foi publicado em Diário da República em maio de 2021, mas a obra nunca foi avante.
Em Portugal existem apenas duas capitais de distrito sem autoestrada – Portalegre e Beja. Em 2009, o objetivo era mudar isso no Baixo Alentejo. Gastaram-me milhões de euros em expropriações, acessos e obras de arte, mas os trabalhos acabaram por parar.
O secretário de Estado das Infraestruturas já afirmou que a “A26 faz parte de um conjunto de investimentos que o Governo pretende realizar até ao final desta legislatura”, mas a utilização das obras de arte na requalificação do IP8 poderá ser mais um entrave à conclusão da autoestrada.
Quem aqui vive diz que o distrito está ao abandono. Há 14 anos que o movimento de cidadãos “Beja Merece Mais” reivindica as acessibilidades. Resta saber quando será o final deste longo caminho e se ligará Beja ao país.
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