O Benfica venceu, nesta quarta-feira, o Sporting de Braga no Estádio da Luz assegurando, dessa forma, o seu lugar nas meias-finais da Taça de Portugal, onde terá pela frente, o Tirsense, a única equipa não profissional ainda em prova nesta fase. Com uma primeira parte de muita qualidade, os benfiquistas construíram oportunidades suficientes para chegarem ao intervalo com a eliminatória decidida. Mas a qualificação dos “encarnados” acabou por ser alcançada graças ao golo solitário de Pavlidis nos primeiros 45 minutos.
Foi um Benfica sem “poupanças” aquele que Bruno Lage decidiu apresentar nestes quartos-de-final da Taça de Portugal. Com um adversário de respeito pela frente e a hipótese de descansar e recarregar baterias no fim de semana – já que o seu jogo da próxima jornada da I Liga foi adiado – os benfiquistas tiveram o mérito de encarar a partida com toda a seriedade que ela merecia. Afinal de contas, a passagem às meias-finais garantia dois jogos com o Tirsense, a única equipa dos campeonatos não profissionais ainda em competição, que nunca chegou tão longe na prova.
E os “encarnados” começaram o jogo a alta velocidade. Com uma pressão bem adiantada, as “águias” criavam muitas dificuldades de construção ao Sp. Braga que, durante os primeiros 15 minutos só se limitaram a defender e quase não conseguiam sequer de sair do seu meio-campo.
Com cinco (às vezes mesmo seis) homens apontados à baliza adversária em fase de ataque o Benfica foi, durante os primeiros 45 minutos, uma equipa difícil de travar. Jogava largo, flanqueava o jogo, quando não conseguia criar perigo dessa forma optava pelos lançamentos longos ou então variava e o avanço no relvado era conseguido através de tabelas curtas.
O resultado foi uma mão cheia de ocasiões de golo junto da baliza do Sp. Braga: um remate de Akturkoglu ao poste (6’), outro de Pavlidis às malhas laterais da baliza bracarense, outro de Akturkoglu para defesa de Hornicek (31’), outro por cima da barra da autoria de Bruma (37’) e, por fim, um cruzamento rasteiro de Carreras a que nem Bruma, nem Pavlidis conseguiram chegar a tempo para desviar para a baliza.
O melhor que o Sp. Braga conseguiu fazer na primeira parte foi um cabeceamento perigoso de Racik, na sequência de um canto, enquanto o Benfica, para além de todas aquelas ocasiões de perigo ainda chegou ao golo (39’), tirando partido dessa pressão que sempre que podia fazia junto da defesa minhota – Paulo Oliveira viu Bruma incomodá-lo e acabou por entregar a bola a Dahl, que serviu Pavlidis de imediato, com o grego a rematar à entrada da área para o 1-0.
A segunda parte começou menos vertiginosa, especialmente por parte dos benfiquistas. A perder, Carlos Carvalhal mexeu na equipa, fez entrar homens mais ofensivos que permitiram a Ricardo Horta surgir em zonas mais interiores, enquanto o Benfica à medida que a partida se aproximava do seu final, foi tentando controlar mais do que ousar.
Aos 53’, Bruma ainda teve uma oportunidade flagrante para aumentar a vantagem que Hornicek salvou. Mas a partir do meio da segunda parte, o Sp. Braga avançou as suas linhas. Primeiro começou por incomodar a defesa benfiquista, mas depois passou a ameaçar.
Lage tentava mexer na equipa, na tentativa de reanimá-la, mas as substituições não fizeram muito efeito. Apenas uma arrancada de Schjelderup podia ter levado ao golo, mas Hornicek não deixou. Valeu aos “encarnados” que o Sp. Braga também foi incapaz de criar perigo, permitindo às “águias” voarem para as “meias” da Taça de Portugal.
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