Guarda-redes evitou golo a Pavlidis com enorme defesa e somou enormes intervenções contra Belotti e Leandro Barreiro. Avançado português esteve nos três golos e meteu a cereja no topo do bolo. Gyokeres sempre decisivo. Harder nem com o golo descansou
Melhor em campo: Trincão (nota 8)
O toque subtil que produziu o túnel a António Silva antes da finalização com classe à saída de Samuel Soares estão só ao alcance dos melhores. Foi a cereja no topo do bola da Taça de Portugal, da época do Sporting. Iniciou a jogada do penálti que Gyokeres converteu, roubando a bola a Carreras, escapando como uma enguia a Florentino e depois servindo Gyokeres, mesmo no fim da compensação nos 90 minutos. É dele o passe em arco que foi parar direitinho à cabeça de Harder, no segundo golo. Esteve, como tal, nos momentos decisivos e que permitiram ao Sporting consumar a reviravolta. E nem tudo lhe correu bem nos 90′, especialmente aos 87′ quando rematou, em boa posição, sem força e com o pé direito para defesa de Samuel Soares. Carreras não o deixou conduzir muitas vezes a bola em direção à baliza.
Rui Silva (8) — Que defesa, com a mão esquerda, todo esticado, aos 20′, a desviar a bola para o poste! Aos 81′ deu o corpo a disparo perigoso de Belotti e aos 90+8′, ainda o Sporting perdia, evitou golo de Leandro Barreiro. Nada a fazer no golo de Kokçu, apesar do mergulho felino. Agarrou remates fáceis e difíceis, sai algumas vezes da baliza para cortar alguns passes venenosos.
Eduardo Quaresma (5) — Entrou cheio de energia e com vontade de participar no ataque, mas foi obrigado a defender, nem sempre bem, como quando perdeu a bola para Akturkoglu numa saída de bola (16), quando falhou um corte ao turco permitindo lance perigoso (28) e quando também entregou a bola para Schjelderup criar boa oportunidade que Belotti não aproveitou (81′). Saiu aos 83′.
St. Juste (6) — Aplicou velocidade em dois lances perigosos do Benfica: aos 39′ recuperou bola que Gonçalo Inácio tinha perdido, aos 64′ ganhou lance a Akturkoglu, que se isolava. Foi a sombra de Pavlidis e nem sempre o controlou.
Gonçalo Inácio (6) — Notável aos 28′ quando, em esforço, bloqueou um remate de Bruma. Aos 98′ passe longo teleguiado para Maxi Araújo criar oportunidade de golo para Gyokeres. Mas também sofreu alguns sustos — aos 39′ deixou-se antecipar por Akturkoglu, mas foi salvo por St. Juste; aos 50′ foi batido pelo movimento de corpo de Bruma, mas o golo do avançado seria anulado por fora de jogo. Mais tranquilo no prolongamento.
Catamo (4) — Aos 6′ deixou Carreras para trás e cruzou com perigo. Somou bom corte sobre Akturkoglu na área (25′). Foi o melhor. Aos 11′ entregou a bola a Kokçu em lance que acabou em penálti (revertido) para o Benfica. Aos 42′ foi batido por Carreras e Pavlidis esteve perto de marcar. O golo do Benfica nasce depois de escorregar e perder a bola. Saiu aos 75′.
Hjulmand (6) — Sabe tudo do jogo e domina-o, mesmo sem precisar de tocar muitas vezes na bola, fazer grandes passes ou cortes sensacionais. Sem sem tão influente como noutros jogos, por exemplo o dérbi do campeonato na Luz, esteve no posto de comando da equipa.
Debast (4) — Deu espaço para Kokçu rematar e marcar. Sem capacidade de manter a bola ou dar linhas de passe aos companheiros. Foi o responsável das bolas paradas. Saiu aos 58′.
Maxi Araújo (6) — Aos 58′ depois de ganhar a Tomás Araújo só foi travado por Samuel Soares, que se antecipou. Nesse lance, cheirou o golo, que quase ofereceu a Gyokeres, com passe de bandeja da esquerda para o centro da área. Só a meio da segunda parte se libertou e ganhou influência.
Gyokeres (8) — Salvou o Sporting da derrota, no final da compensação dos 90′, ultrapassando António Silva com toque subtil e em velocidade para depois ser derrubado na área. Na marcação do penálti, disparo forte para a direita e golo. Já tinha ultrapassado António Silva duas vezes (23′ e 43′) na primeira parte. Atrai sempre as atenções. No terceiro golo, atraiu Renato Sanches, Otamendi e Florentino, antes de servir Harder, que depois tocou para Trincão. Que avançado!
Pedro Gonçalves (4) — Quando se virava para a baliza tinha Otamendi pela frente. Não soube encontrar muitos caminhos para a baliza nem abri-los para os companheiros. Saiu aos 75′.
Morita (6) — Entrou aos 58′ e a equipa ganhou dinâmica no meio-campo, alguém com capacidade de meter a bola para a frente e acelerar o jogo, para lá do compromisso em recuperar as bolas.
Harder (8) — Andou com o dedo no gatilho, rematou várias vezes para defesas fáceis de Samuel Soares antes de cabecear com potência para o segundo golo. Ajudou a puxar a equipa para a frente, meteu respeito aos defesas do Benfica e ofereceu o terceiro golo a Trincão.
Quenda (6) — Cumpriu na principal missão — evitar perigo de Schjelderup. Deu nova energia ofensiva ao corredor, aos 89′ passou a bola por entre as pernas de Dahl. Muita genica e sangue frio, como aos 113′ quando cortou um centro perigoso de Aursnes.
Fresneda (6) — Competente, sem complicar, alinhado com os companheiros. Aos 83′ seguiu Schjelderup e obrigou-o a rematar mal.
Matheus Reis (2) — Pisou a cabeça de Belotti e deveria ter sido expulso. Aos 113′ perdeu a bola para contra-ataque de Aursnes.
David Moreira (6) — Estreia na equipa principal. Entrou aos 115′ e jogou no lugar de Maxi Araújo. Participou bem num contra-ataque e tentou controlar Di María.
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