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Boavista-Sporting: Trincão disse “mata”, Gyokeres disse “esfola” | Crónica de jogo

Sobre o triunfo (0-5) do Sporting frente ao Boavista, no Porto, pode roçar a heresia falar primeiro de Trincão, que não marcou nenhum golo, deixando para segundo plano o sueco Gyökeres, que marcou quatro. Afinal, é de golo que se faz o futebol. Mas o criativo fez o que quis do adversário, ora por fora, ora por dentro. Umas vezes em drible, outras em passe. Ligou o jogo entre linhas ou a explorar o espaço. A cruzar e a rematar. Trincão leu na perfeição onde havia espaço para jogar e desenvolveu quase tudo o que Sporting criou.

O Boavista levou a este jogo um 5x2x3 que permitia jogos de pares mais ou menos evidentes — e chegou até a parecer predisposto a uma ideia de marcação homem a homem. A equipa até entrou a pressionar médio/alto com três contra três na construção “leonina”, mas cedo se percebeu que poderia ser circunstancial, já que rapidamente baixou Van Ginkel.

Resultado? Diomande começou a ter mais tempo e espaço (apenas Inácio e Quaresma eram “apertados”) e logo aos 6’ pôde usar essa benesse para colocar um passe vertical em Trincão, que tabelou com Gyökeres por dentro. O lance acabou com cruzamento de Maxi e finalização do sueco ao primeiro poste — foi bizarro como o central Fogning esteve vários segundos de olhos na bola, sem nunca cuidar da marcação.




O Sporting estava a activar Trincão por dentro, porque nunca estava na zona do seu teórico marcador (Fogning, o central do lado esquerdo) e esse jogador nunca o acompanhava, por receio de sair da linha defensiva. Se a equipa defende a pensar nas referências e se Trincão ia pedir bola numa zona onde dois médios do Boavista já tinham dois adversários, era evidente que o jogador “leonino” ia criar superioridades.

Foi assim aos 3’, com apoio frontal de Gyökeres a ter Trincão por dentro. Foi assim também aos 15’, aos 16’, aos 17’ e aos 24’, com o ala a fazer o que queria dos jogadores do Boavista e a combinar facilmente com o sueco e com Pedro Gonçalves.

Os “leões” ainda tiveram mais três boas oportunidades de golo até ao 0-2, que surgiu aos 45+2’. Foi uma das ocasiões em que o Boavista quis ir pressionar alto a saída curta do Sporting e acabou, depois de recuperar a bola, por perdê-la com a equipa impreparada para o momento defensivo — já estavam seis jogadores batidos. Houve transição de Trincão, claro está, e remate de Gyökeres, como também é evidente, que resultou num golo clássico do sueco, com movimento da esquerda para dentro em velocidade.



Ao intervalo, o Sporting trocou Pedro Gonçalves por Quenda. O que mudou? Nada. Quenda como avançado-interior é teoricamente um jogador mais de um contra um e largura, mas aos 50’ deu um apoio frontal entre linhas “à Pedro Gonçalves”, combinando com Trincão, que lançou Gyökeres vindo de trás para finalização do sueco.

Aos 57’, houve uma bola longa com falhanço aéreo de Kakay e Gyökeres ficou isolado. Não conseguiu marcar, mas Maxi aproveitou na recarga.

Com 0-4, o Sporting cedeu à natural tentação de controlar o jogo com bola — e já não o faz a baixar as linhas, como chegou a fazer tantas vezes ao longo da temporada. Isso ajudou a que Gyökeres, insaciável, chegasse ao quarto golo já no tempo de compensação, com assistência de Harder e pré-assistência de Trincão.

Uma vitória de mão-cheia a responder à goleada do Benfica sobre o AFS e a recolocar tudo na mesma no topo da I Liga, com os dois rivais empatados na apertada luta pelo título.

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