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Carneiro: “primeiro-ministro tem de estar a comandar politicamente as operações” | Incêndios

O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, apelou este domingo ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, para que “convoque rapidamente” a Comissão Nacional de Protecção Civil, para garantir “o comando político” do combate ao flagelo dos incêndios florestais, defendendo que o “primeiro-ministro tem de estar a comandar politicamente as operações”.

“O meu apelo é um apelo com gravidade, para que o senhor primeiro-ministro convoque rapidamente a Comissão Nacional de Protecção Civil, tendo em vista garantir a coordenação política e a assunção política, o comando político, do combate a este flagelo que está a confrontar muitas das nossas comunidades locais”, disse José Luís Carneiro à agência Lusa, por telefone, a partir do município açoriano de Lajes do Pico, onde se encontra.

Segundo o secretário-geral do PS, nessa Comissão Nacional de Protecção Civil “devem estar todos quantos podem contribuir para retomar uma coordenação eficaz, mas, simultaneamente, para mobilizar os vários ministérios, para dar uma expectativa de segurança às populações, particularmente àquelas que ficaram sem condições de vida”.

José Luís Carneiro referiu-se, em primeiro lugar, aos ministérios “que garantem a segurança física de pessoas e bens”, como o Ministério da Administração Interna, o Ministério da Defesa Nacional, mas também os ministérios das Infra-estruturas e Comunicações e os ministérios que “podem contribuir para dar respostas céleres às pessoas que perderam todos os bens”.

O socialista referiu, em concreto, o Ministério da Coesão e da Economia, o Ministério da Solidariedade e o Ministério da Agricultura, “por forma a dar uma perspectiva imediata de solução célere para os problemas das pessoas”.

“Numa crise desta natureza, o primeiro-ministro tem de estar a comandar politicamente as operações, tendo ao seu lado os ministros com as principais responsabilidades políticas nestes domínios”, sublinhou.

Para o líder do PS “é incompreensível não termos o primeiro-ministro a liderar o processo de protecção de pessoas e bens e de perspectiva de vida imediata às comunidades que se encontram especialmente afectadas” pelos fogos.

José Luís Carneiro disse ainda à Lusa que está preocupado “há muitos dias” com a situação que se verifica no país.

“Nós dissemos que iremos apresentar à Assembleia da República uma Comissão Técnica e Independente para apreciar técnica e politicamente as falhas na prevenção, na preparação e no combate. Haverá um momento para isso. Mas, neste momento, a minha grande preocupação é por sentir que não há acompanhamento político, não há coordenação política e não há quem assuma as responsabilidades políticas na plenitude”, afirmou.

A situação, salientou, exige “a convocação célebre, imediata, da Comissão Nacional de Protecção Civil, com todos aqueles que devem assumir nesse plano as suas responsabilidades, respondendo com celeridade às necessidades das pessoas”.

José Luís Carneiro, que está esta noite no município das Lajes do Pico, na ilha do Pico, nos Açores, para a sessão de apresentação da recandidatura autárquica de Ana Brum à presidência da Câmara Municipal, disse ainda ter informações “que mostram haver graves problemas de coordenação no combate aos incêndios”.

O secretário-geral do PS deixou também “uma palavra de solidariedade às populações, às comunidades locais que vivem momentos trágicos nas suas vidas” e também “uma palavra de condolências pelas vítimas mortais que já se verificaram, infelizmente, nestes incêndios”.

“Aos seus familiares, aos seus amigos, as nossas condolências”, acrescentou.

Portugal continental tem sido afectado por múltiplos incêndios rurais desde Julho, sobretudo nas regiões Norte e Centro, num contexto de temperaturas elevadas que motivou a declaração do estado de alerta, em vigor desde 02 de Agosto.

Os fogos provocaram dois mortos e vários feridos, na maioria sem gravidade, e destruíram total ou parcialmente casas de primeira e segunda habitação, bem como explorações agrícolas e pecuárias e área florestal.

Portugal activou o Mecanismo Europeu de Protecção Civil, ao abrigo do qual deverão chegar, na segunda-feira, dois aviões Fire Boss para reforço do combate aos incêndios.

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