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Cartas ao director | Opinião

A China oferece IA ao mundo

Uma enorme revelação foi-nos anteontem apresentada na crónica do professor Arlindo Oliveira com o título “Inteligência para todos, made in China”. Contrariando a regra de ouro do capitalismo que faz cobrar o uso das descobertas tecnológicas, a China resolveu oferecer ao mundo os seus modelos DeepSeek de inteligência artificial (IA) para serem utilizados, sem qualquer custo, por qualquer empresa ou entidade que queira criar os seus próprios modelos de IA.

Se não é uma acção filantrópica de alcance universal, pelo menos parece sê-lo. Numa altura em que os EUA se fecham e eliminam agências de ajuda humanitária, a China faz um movimento contrário, disponibilizando gratuitamente aquele que é um dos activos financeiros com mais promissor futuro, os modelos de IA. Não podia concordar mais com a última frase do eminente professor do Técnico, quando ele escreve na sua crónica: “São sinais de que o mundo está, de facto, a mudar rapidamente.” Será este um primeiro sinal de que, no nosso futuro, a nação vista universalmente como benigna deixará de ser os EUA e passará sim a ser a China, um país que não respeita a democracia, mas poderá vir a conquistar simpatias universais oferecendo gratuitamente prosperidade tecnológica a todos os cidadãos do mundo?

Artur Águas, Porto

Tarifas

A Europa uniu-se, construiu e viveu uma prosperidade de paz inigualáveis no mundo. Causou inveja a Putin e Trump, e há que desfazer a união. Putin ataca a Ucrânia e Trump ataca com tarifas. Putin não é aliado, mas Trump está na NATO. Não devemos confiar, pois para já está com um olho na Gronelândia e amanhã não sabemos em que mais. Um dia pedirá apoio da NATO para invadir a Gronelândia e quem não concordar será expulso da organização.

É tempo de a UE mostrar que é independente. Apetrechar os exércitos para ter autodeterminação dos EUA. Para financiar a defesa da Europa, proponho que, na eventualidade de se criar uma “tarifa” a produtos americanos, a verba obtida seja destinada exclusivamente ao financiamento de defesa dos Estados-membros.

Trump admira Putin e este domina o outro. MAGA (Make America Great Again) substituiu o Partido Republicano. Os sucessores do imperador estão lá. Trump ainda não obteve qualquer protagonismo em decisões vitais. Não passou de propaganda barata o fim das guerras na Palestina e na Ucrânia, porque ali tem de negociar com pares iguais a si próprio, daí que, como os europeus não entendem a linguagem do trio TPN, poderão ser alvo a atacar. Desconfiemos muito.

Rui Pereira, Porto

Limpeza política

As próximas eleições legislativas deveriam servir para darmos uma lição política a quem se aproveitou do poder para prevaricar a seu favor. Os madeirenses e o povo de Oeiras não têm sido um bom exemplo, porque decidiram defender nas urnas o ónus da prova dos seus ex-governantes, acusados de corrupção por todos os lados.

As sondagens que levaram a perguntar sobre próximos governantes têm inclinado os ponteiros para o mesmo lado (AD), o que prova que irá de volta ao poder quem prevaricou e provocou a queda do Governo. Será que uma grande parte dos que responderam nas últimas sondagens é masoquista?

Eleger gente duvidosa para nos (des)governar é dar um tiro no próprio pé, porque vão contribuir para uma instabilidade governativa, coisa que ninguém quer, nem o povo nem os empresários das várias actividades.

Os portugueses não querem repetir resumos da história italiana que durante vários anos faziam eleições legislativas cada seis a oito meses, devido aos governos instáveis que caíam sempre. Seria bom que, nas próximas eleições de 18 de Maio, os portugueses dessem provas de alguma maturidade política e bom senso, com votos nas urnas a privilegiar competência e estabilidade governativa.

José Ribeiro, Vale da Amoreira

Trump e a cultura

“‘Quando ouço falar de cultura, puxo logo de uma pistola” — Joseph Goebbels, ministro da Propaganda de Hitler. “As universidades são o inimigo” —​ J.D. Vance, vice-presidente de Trump. Com quase um século a separá-las, bastam estas duas frases para sabermos o suficiente sobre o tipo de políticos que as proclamaram. São os políticos que odeiam e sobretudo temem os que têm a sensibilidade, a inteligência e a sabedoria que nem um pouco os bafejaram e que eles desconhecem. Os resultados da propaganda de Goebbels, infelizmente, já todos os conhecem. Dos ataques que Trump está a desferir contra os cientistas, os académicos e as universidades americanas, ficaremos a saber nos próximos anos. Deus nos proteja!

Helder Pancadas, Sobreda

#Cartas #director #Opinião

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