Vivo Novidades

Blog Post

Vivo Novidades > Notícias gerais > Cartas ao director | Opinião

Cartas ao director | Opinião

A raça lusitana de Montenegro

Luís Montenegro, primeiro-ministro, resolveu consolar o Chega, respondendo a Lídia Jorge, do discurso do 10 de Junho, com o pretexto da vitória de João Almeida. Diz ele que a vitória suíça do ciclista é “mais um exemplo da raça lusitana”.

O valor pessoal e mais esta vitória de João Almeida não mereciam ser um pretexto ou arma da política miúda. João Almeida saiu do país há vários anos e corre pela equipa dos Emirados Árabes Unidos. Talvez Montenegro, no afã de acalmar o Chega, julgando disso obter ganhos políticos, não tenha reparado no pormenor de Almeida correr emigrado e pelos “mouros”, da especial repugnância da extrema-direita. Nesta história das raças releva muito aquele dito, que há-de vir dos tempos das cavalarias: “Uma no cravo, outra na ferradura.”

Assim, Montenegro terá de reforçar o sorriso que diariamente afivela, porque o tiro sai-lhe pela culatra e João Almeida, felizmente, prossegue o seu caminho, livre. Quanto a Lídia Jorge, escritora jubilada, o próprio nome a defende.

Ricardo Lima, Porto

O “truque” dos 2%

Estou entusiasmado para ver qual o truque – ou os truques – que o ministro das Finanças vai usar para conseguir atingir a meta de 2% do PIB em gastos de defesa ainda neste ano, sem alterar o Orçamento aprovado! Atenção: isto obriga a gastar em “defesa” já neste ano mais uns 1200 milhões de euros, coisa pouca, sem alterar o Orçamento. Qual será o truque de magia? Aguardo com muita curiosidade.

Que gastos de outros ministérios vai ele reclassificar como sendo defesa? Ou vai cortar no investimento público (hospitais, etc.) e gastar em defesa (comprar um submarino ou uns quantos F-35)? Aguardo com muita expectativa o truque do mágico Sarmentini – depois dos mágicos Costini e Centini (grande João Miguel Tavares!).

E esse truque para os 2% será reproduzível para atingir 3,5% no futuro próximo? Atenção, que para isso é preciso arranjar um truque adicional, que funcione todos os anos, de mais 4000 milhões de euros em defesa. Conseguirá isso o ministro Miranda Sarmento? Ou será a altura de ele sair para o FMI ou para Banco de Portugal? Aguardo com muita curiosidade. Mas que fique claro: não me parece sustentável governar um país com truques.

Fernando Vieira, Lisboa

Revalorizar as Lajes

A importante Base das Lajes, na Praia da Vitória, está subordinada ao Comando da Zona Aérea dos Açores. No entanto, desde 1945 foi estabelecido um acordo com os EUA para a sua utilização pelas aeronaves norte-americanas. Foi importante na invasão do Iraque e recentemente no bombardeamento do Irão. Se Donald Trump quer que os países que compõem a NATO disponibilizem 5% do PIB para armar a Europa, chegou a hora de a Base das Lajes ser revalorizada. Espero que os anteriores governos não tenham cedido a Base das Lajes aos EUA por dez réis de mel coado. Espero que Luís Montenegro não tenha medo e saiba negociar.

Ademar Costa, Póvoa de Varzim

A UE ainda é figura menor

Bastou o agudizar de posições entre Israel e o Irão para mostrar o quanto a União Europeia ainda é uma figura menor no plano da geopolítica, e refiro-me à UE no seu conjunto.

Temos a superpotência americana que é hoje comandada por uma nódoa política, figura que não cativa respeito de ninguém e que passa à margem de tudo, comunicando em forma de recado.

Como lembrou o nosso Presidente da República, a propósito do conflito no Médio Oriente, as coisas acontecem e ninguém comunica à UE que este ou aquele conflito vai acontecer.

É preciso reforçar militarmente todos os países da zona euro, para que Israel (um país muito pequeno, com vivência militarizada) se dê conta de que a UE não é Israel e merece bastante mais respeito que aquele que é transmitido pelos seus dirigentes.

A NATO, neste momento, afigura-se como um pêndulo sem qualquer significado estratégico, porque a Europa ainda não se refez do atraso – que durou enquanto esteve pendurada no sistema americano, durante muitos anos, e isso custa caro, até refazer a sua normalidade, no contexto de armamento, a todos os níveis.

Tudo deve ser feito para que o nosso “Escudo de Defesa Militar” da Europa – a NATO – possa ser considerado figura maior a nível mundial nos possíveis conflitos militares (…) em qualquer lugar do mundo.

José Ribeiro, Vale da Amoreira

#Cartas #director #Opinião

Leave a comment

Your email address will not be published. Required fields are marked *