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Cartas ao director | Opinião

A urgência de politicas certas

Quando os problemas que mais preocupam a população são a habitação e a saúde, a primeira reunião ministerial de um Governo que se diz reformista e que vai “arregaçar” as mangas para resolver estes e outros assuntos prementes foi sobre a imigração e a atribuição da nacionalidade aos que nos procuram. Sinal dos tempos e rendição à extrema-direita e à sua agenda panfletária. Dêem meios suficientes à AIMA para resolver os milhares de pedidos de adesão, justos ou não, mas céleres, não punitivos, e pronto.

Gostaria que os nossos governantes apanhassem o comboio da linha de Sintra das 6h (pelo menos esse) e vissem como vem apinhado de gente de cor que vem trabalhar para Lisboa e arredores. Portugal parava se não tivéssemos esses homens e mulheres que vão para os seus empregos na restauração, na construção e noutros variados locais, mantendo este país a funcionar.

Perguntem aos empresários destas áreas e da agricultura, por exemplo, como poderiam continuar as suas actividades sem eles. Perguntem e viagem nos transportes públicos no início do dia e depois no regresso, pelas 19h, para perceberem esta nova realidade, e não a dos que se aproveitam das percepções erradas para venderem as suas ideias reaccionárias.

Resolvam sem demagogias o caos na saúde, dando meios aos gestores hospitalares para contratar e reorganizar, com as equipas médicas e outros profissionais, os assuntos que lhes dizem directamente respeito, sem estar na dependência da tutela para tudo.

Na habitação, ponham de imediato os milhares de casas que o Estado possui no mercado controlado. Recuperem a legislação para as cooperativas de habitação. Usem os que sempre estudaram e sabem como resolver este assunto, como a arquitecta Helena Roseta, sem olhar a cartões partidários. Peçam ajuda sem olhar a partidarites.

Resolvam, reformem a Administração tornando céleres e acessíveis os serviços públicos. Esqueçam de uma vez por todas o ter de bajular extremas-direitas e extremas-esquerdas.

Heitor Ribeiro, Massamá

A Espanha vai pagar!

Queria nesta carta destacar um aspecto crucial que não vi destacado por nenhum comentador ou jornalista: é que Trump, nos seus comentários pós-reunião da NATO, na conferência de imprensa, quando falou da Espanha e da sua recusa em gastar 5% em defesa, afirmou: a Espanha vai pagar! E, se não pagar (os 5%), nós vamos aumentar as tarifas e eles vão pagar à mesma. Fez estas afirmações na sequência uma da outra. Mas como as tarifas são receita da América e os gastos de defesa da Europa pressupostamente são outra coisa, como é que Trump vê os dois assuntos como equivalentes? É simples: ele vê os gastos da Europa em defesa simplesmente como receita directa para a América… tal como qualquer tarifa que ele lance. Triste.

Com esta história dos 5%, o que Trump está a exigir à Europa é que esta pague uma espécie de imposto, uma taxa, o que quer que se lhe chame, à América. A única preocupação de Trump é que a Europa mande dinheiro para a economia americana e não com a defesa da Europa, da qual ele não quer saber. Para que notem: 5% representa um gasto anual, notem, de quase um milhão de milhões de euros em “defesa” (ou seja, transferências para a América, em grande medida). Uma loucura. (…)

Fernando Vieira, Lisboa

Adão e Silva e a RTP

Sou desde o início leitor regular do jornal PÚBLICO e há menos tempo leitor das crónicas de Pedro Adão e Silva, as quais, por regra, acompanho com agrado e significativa concordância em relação a muitos pontos de vista expressos.

No entanto, no jornal da passada sexta-feira, página 44, li o seguinte: “com a emergência dos canais privados o país passou a conhecer televisões libertas de tutelas políticas (…). E hoje a RTP é vista como um espaço de informação sóbrio e rigoroso.”

Ao ler isto, não pude deixar de recordar a miserável entrevista conduzida pelo jornalista J. Rodrigues dos Santos ao secretário-geral do Partido Comunista Português antecedendo a última campanha eleitoral. Surpreendentemente, Pedro Adão e Silva esqueceu o episódio referido e, por arrasto, vários outros do mesmo tipo, em que é visível o destilar de ódio político às pessoas e às ideias de esquerda. Mas, mais grave, é que esqueceu também a inacção da direcção de informação e só com esse esquecimento é que pôde escrever o que escreveu. Sugiro-lhe, pois, que seja mais rigoroso no seu comentário.

Carlos Bastien, Lisboa

#Cartas #director #Opinião

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