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Cartas para o director | Opinião

Acabou o recreio

Uma certa Europa vive o fim de uma era da inocência, quando se entretinha a discutir o sexo dos anjos e a procurar novos anjos para defender. Se Trump e companhia podem ter razão nalguns aspectos, o wokismo é uma praga irracional, uma Gronelândia autónoma à mercê da Rússia é um problema, um canal do Panamá chinês é um risco enorme, tudo disso se desvanece face à arrogância e intimidação brutais do senhor e do indescritível Elon Musk, que, quando se vê em excitados pulos, parece mais um adolescente retardado do que um esboço de estadista. A grande questão é como irão as instituições dos EUA aguentar e resistir a esta “cowboiada”.

Para a Europa, é o fim do recreio. O papá rico cortou a mesada. Terá de viver, especialmente no domínio da segurança, com os seus próprios meios. Não vale a pena chorar. Provavelmente os trumpusks irão embater no muro, as suas famosas tarifas serão um boomerang que retornará contra a sua própria economia, mas não é por os regentes europeus irem ajoelhar a Washington, implorar qualquer coisa ou simples bom senso que os excitados execráveis se colocarão em questão.

É o momento de a Europa decidir e assumir se é “uma” coisa, se tem princípios e coragem para lutar pelos mesmos. Esqueçam os EUA, pelo menos por agora. Acabou o recreio.

Carlos J.F. Sampaio, Esposende

Agregar ou atomizar?

Já estou a ouvir o que me vão chamar: simplório, no mínimo. Paciência. O mundo e a Europa vivem momentos de turbulência e Portugal não escapa, embora em “ponto pequeno”, como decorre da nossa própria pequenez. Do mundo não falarei, pois esse está por conta de Trump, ainda mais agora em que o “casório” com Putin está consumado, mas mesmo aqui se deu uma agregação, contranatura, mas agregação. Em Portugal, a escolha no agregar/atomizar é mais a nível das autarquias com o “agrega/desagrega” freguesias numa roda-viva, às vezes dentro da mesma pessoa, como é o caso de Pedro Norton, que “contra-intuitivamente” [sic] “gosta do Porto”, mas elogia o Presidente da República no veto. Finalmente, na Europa e eu sou europeu e é na Europa que o nosso destino se joga –, há adeptos do “nacionalismos primeiro” e do federalismo. Dos primeiros é exemplo Ricardo Pais Mamede, embora lhe agrade uma Europa nesse mosaico. Termino: na minha insignificância, sou federalista por inteiro. Ainda mais nos tempos que correm, em que mesmo com dificuldades só sobreviveremos unidos, entalados que estamos entre dois biltres, e devemos orgulhar-nos de sermos os mais civilizados.

Fernando Cardoso Rodrigues, Porto

Novo xadrez geopolítico

Além de estratégico, é uma obrigação reforçar a unidade da Europa, na defesa dos seus valores democráticos e tradições do velho continente. Como dizem alguns partidos políticos com assento parlamentar, a América de Trump deixou de ser aliado dos europeus, preferindo um revés histórico, aliando-se aos inimigos da humanidade, comparáveis entre si Rússia, Bielorrússia, Coreia do Norte e outros.

É certo que vamos assistir a um recuo dos oligarcas americanos ao apoio recíproco da NATO com todos os seus aliados constitucionais, por tudo isto, sugiro que tomemos a decisão de abraçar a NATO europeísta, e colocando em funcionamento decisões para não abdicarmos dos nossos princípios, reforçando meios militares e trabalhar desde já numa nova ordem de alianças geopolíticas e logicamente militares.

Todas as pessoas bem-intencionadas sabem que defender cada palmo de terra na Ucrânia é defender toda a Europa e as suas democracias. Os novos donos da Casa Branca, na condição de políticos de extrema-direita, tudo farão para minar os modos de vida dos europeus, porque são genuínos antidemocratas com tendências imperialistas, como os seus fiéis comparsas políticos Putin e companhia.

José Ribeiro, Vale da Amoreira

Os loucos governam o mundo

Se já havia loucos em demasia a mandar no mundo, agora temos mais um, que ataca tudo e todos, mantendo acordos, ou não, conforme as suas tresloucadas conveniências. Trata-se do já conhecido Trump, feroz cowboy desta era, tendo por acólitos um Vance desbocado e feroz, bem como um Elon Musk exótico e exuberante. São um trio de loucos. Este trio de tarar aproximou-se perigosamente do czarino Putin, a fim de dividirem o mundo à sua criminosa maneira.

Daí ressalta que Trump acusou Zelensky de ser o principal causador da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. É de pasmar! Trump e Putin estão bem um para o outro, pois deles nada de bom se espera ou esperará.

José Amaral, Vila Nova de Gaia

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