País
A chuva tem ajudado a encher as barragens do Algarve. Pela primeira vez em sete anos, poderão mesmo ter de fazer descargas de segurança nas próximas semanas. Com os terrenos ensopados, os agricultores contam, também, não ter de regar as culturas tão cedo.
De uma ponta à outra do Algarve, as ribeiras correm com um caudal como há muito não se via e a previsão de chuva para os próximos dias faz antever um encaixe contínuo de mais água nas barragens.
Se esse encaixe atingir os 20 milhões de metros cúbicos nas albufeiras de Odeleite e Beliche – já a caminho dos 90% da capacidade – as águas do Algarve terão de avançar para descargas de segurança, algo que não acontece desde 2018, explicou, à SIC, Macário Correia, da Associação Regantes do Sotavento Algarvio.
Tem sido constante, mas suave, a chuva dos últimos dias. Se antes os agricultores se queixavam de seca, agora, com os solos saturados, acreditam que vão aguentar semanas sem ter de voltar a regar.
Das barragens do barlavento, só a do Arade está ainda no vermelho, a 18% da capacidade. Todas as outras estão a subir a bom ritmo.
No total, a média da reserva de água de superfície no Algarve aproxima-se dos 70% e os aquíferos estão também a recuperar. O setor agrícola respira de alívio, mas sabe que a abundância de água é apenas temporária.
Sexta-feira, a Comissão de Acompanhamento da Seca volta a reunir em Faro e é de esperar um alívio das medidas restritivas.
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