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Cientistas lutam para salvar trepadeira-do-mediterrâneo na Croácia

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Cientistas croatas estão a realizar uma missão de mergulho na ilha de Dugi Otok para avaliar os danos causados à trepadeira-do-mediterrâneo, uma planta marinha crucial para o ecossistema. A planta, que absorve 15 vezes mais CO2 que a floresta amazónica, está ameaçada pela atividade humana.

Na Croácia, os cientistas pedem medidas urgentes para proteger a trepadeira-do-mediterrâneo, uma planta marinha de grande importância ambiental. Neste momento, está a ser realizada uma missão de mergulho para avaliar os danos provocados pela atividade humana.

Os cientistas estão numa corrida contra o tempo para salvar a trepadeira-do-mediterrâneo, a planta marinha que fornece alimento e abrigo aos peixes, protege as costas da erosão, purifica a água do mar e pode desempenhar um papel vital no combate ao aquecimento global.

Está, por isso, em curso uma missão de mergulho na ilha croata de Dugi Otok, no Mar Adriático, para avaliação dos danos.

“Nos últimos 30 a 40 anos, estima-se que tenha diminuído até 30% na zona do Mediterrâneo,” afirmou Matea Spika da Associação de Proteção da Natureza.

“Está em perigo por várias razões, incluindo o desenvolvimento costeiro, o enchimento, as águas residuais, mas o mais significativo para esta área, a zona mediterrânica europeia, é a ancoragem, a ancoragem livre e o lançamento de âncoras, que tem um impacto extremamente negativo”, acrescentou.

A trepadeira-do-mediterrâneo pode absorver, por ano, até 15 vezes mais dióxido de carbono do que uma extensão idêntica da floresta amazónica.

Para a proteger, é preciso afastar a ancoragem turística e as redes de pesca das águas do Mar Adriático. Os cientistas entendem que é necessário que os regulamentos sejam mais rígidos e as multas mais pesadas.

“Estamos a preparar um grande projeto para o estabelecimento de um ancoradouro ecológico em Telascica, ou seja, a instalação de boias para amarração de embarcações em toda a área de Telascica. Depois de o projeto estar concluído e as boias instaladas, o fundeio na área do parque será completamente proibido”, explicou Nikolina Bakovic do Parque Natural de Telascica.

“Até ao final deste ano, planeamos instalá-lo (o ancoradouro ecológico) em mais 7 locais, de modo a que existam no total 164 boias, e o nosso objetivo final é proibir completamente a ancoragem nos 19 locais de ancoradouro que estão atualmente em uso”, disse ainda Dominik Mihaljevic, biólogo no Parque Natural de Kornati.

Além das âncoras e das redes de pesca, os produtos químicos, o excesso de nutrientes provenientes das explorações agrícolas e das cidades, as águas mais quentes e as espécies invasoras têm causado ainda mais danos.

A estes fatores, acresce o efeito nefasto dos novos portos e praias artificiais, que bloqueiam a luz solar essencial para o crescimento desta planta.

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