Mais um jogo, mais uma derrota. Para Ruben Amorim, são 14 pontos em 14 jogos na Liga inglesa, média que significaria estar na luta pela permanência caso o português estivesse no clube desde o início da época.

Neste domingo, foi uma derrota frente ao Tottenham, por 1-0, com golo de James Maddison, algo que adensa a noção de que os pontos somados por Erik ten Hag são os que permitem ao Manchester United estar confortável 12 pontos acima da zona de descida.

É bom? Em matéria de luta pela descida, sim. Mas esses são os mesmos 12 pontos que distanciam o United dos lugares europeus – Liga Conferência. Em rigor, Amorim está mais perto da II Divisão do que do acesso à Liga Europa e à Liga dos Campeões.

Neste domingo, o que Amorim disse ao mundo foi que tem pouco para trabalhar. Não é crível que pudesse estar feliz com o desempenho de uma equipa com apenas uma oportunidade clara na segunda parte, pelo que a única explicação para a substituição feita aos 90+1’ é a falta de confiança em quem estava no banco.

E não é difícil entender. Com as lesões na equipa, Amorim tinha no banco nove jogadores e apenas um acima dos 20 anos – Lindelof. De resto tinha jogadores de 17, 18 e 19 anos, todos eles jovens praticamente sem jogos na equipa principal.

Frente ao Tottenham, o United teve de ter Zirkzee como avançado-interior, por não haver Diallo (possivelmente, o melhor jogador da Era Amorim), além de Dalot e Dorgu nas alas, com Bruno Fernandes e Casemiro no meio-campo.

Em suma, o desenho do United no início do jogo não inspirava confiança e, no final, não foi diferente.

Deste domingo destaque ainda para a vitória do Liverpool frente ao Wolverhampton, por 2-1 (golos de Salah e Diaz), e resultado que permite manter o Arsenal à distância de sete pontos.

Em Itália houve triunfo da Juventus (1-0) frente ao Inter. Foi Francisco Conceição a marcar o único golo de um jogo que permite à equipa de Turim aproximar-se dos da frente da Liga italiana – está em quarto, a cinco pontos da Atalanta, oito do Inter e dez do Nápoles.