O Conclave que vai eleger o próximo Papa tem início esta tarde, 133 cardeais vão estar reunidos para escolher o novo chefe da Igreja Católica. Em entrevista na SIC Notícias, o padre João Caniço contraria a ideia de imprevisibilidade na escolha do novo Sumo Pontífice.

“Não acho que é muito imprevisível, não só pelo que têm dito os jornais, mas o que as pessoas sabem, mais ou menos, hoje há uma comunicação muito grande entre todas as pessoas e, portanto, o imprevisível não creio que vá ser imprevisível”, considera João Caniço.

“O Espírito Santo é que vai dizer. Agora, os nomes que apontam, os quatro ou cinco nomes que apontam, Para mim, todos são aceitáveis”.

“Não tenho um conhecimento tão profundo de cada um deles, porque não convivo com eles, nem vivo em Roma. De qualquer maneira, o que ouço falar dá-me a entender que todos eles, sob aspetos diferentes, todos têm sensibilidade para continuar os desafios Papa Francisco”, refere o representante da Igreja Católica.

O padre João Caniço sublinha que esses desafios são fundamentalmente “a atenção ao mundo e mostrar-se, sobretudo, muito sincero e muito atento à pessoa que ao lado tem necessidade. O apelo contínuo da preocupação pelo mundo inteiro, não tanto pelo caráter político, mas pelo caráter vivencial, sobretudo a estrutura do amor e da caridade”.

A última missa pública dos Cardeais realizou-se esta manhã na Basílica de São Pedro. A cerimónia foi presidida por Giovanni Battista Re, o mesmo cardeal que celebrou a missa exequial do Papa Francisco.

Depois de recolherem à Casa de Santa Marta, os 133 cardeais seguem para a Capela Sistina. É lá que vão ficar totalmente isolados até ser escolhido um novo líder da Igreja Católica. A primeira votação acontece esta tarde.