Guerra no Médio Oriente
O primeiro-ministro de Israel comunicou às famílias dos reféns que aceita o acordo de cessar-fogo proposto pelo enviado de Donald Trump ao Médio Oriente. O Hamas diz estar a estudar a proposta. Os últimos dias ficaram também marcados pelo depoimento nas Nações Unidas de um cirurgião dos Estados Unidos que trabalhou como voluntário no hospital de Kahn Younis.
O primeiro-ministro de Israel comunicou às famílias dos reféns que aceita o acordo de cessar-fogo proposto pelo enviado de Donald Trump ao Médio Oriente. O Hamas diz estar a estudar a proposta que prevê 60 dias de tréguas e a libertação de 10 reféns israelitas.
A notícia de que Benjamin Netanyahu estaria disponível para aceitar a nova proposta para um cessar-fogo em Gaza acontece um dia depois dos familiares dos reféns terem assinalado a passagem de 600 longos dias desde o ataque de 7 de outubro no sul de Israel.
A proposta implicaria uma trégua de 60 dias, a libertação de 10 reféns israelitas que ainda estão vivos e de cerca de 20 que morreram entretanto.
Não se sabe ainda se o cessar-fogo obrigaria à retirada militar de Israel de Gaza.
O Hamas, que diz estar a estudar a proposta.
Por outro lado, qualquer acordo de cessar-fogo terá a oposição da extrema-direita de quem o primeiro-ministro israelita depende para se manter no poder.
As movimentações diplomáticas coincidem com o anúncio de que o Governo de Israel aprovou a construção de 22 novos colonatos judaicos na Cisjordânia ocupada.
Os últimos dias ficaram também marcados pelo depoimento nas Nações Unidas de um cirurgião dos Estados Unidos que trabalhou como voluntário no hospital de Kahn Younis, entre março e abril do ano passado.
“Os seus corpos foram destruídos por explosivos e dilacerados por estilhaços de metal. Muitos morreram. Aqueles que sobreviveram muitas vezes acordaram e descobriram que toda a sua família tinha desaparecido”, conta Feroze Sidhwa, acrescentando que as crianças sentem uma “dor insuportável” por terem perdido a família.
De acordo com a UNICEF, mais de 50 mil crianças foram mortas ou feridas em Gaza desde o início da ofensiva israelita no território palestiniano, muitas não sobreviveram ao primeiro ano de vida.
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