Negócios da Semana
Basílio Horta afirma que a criminalidade violenta em Sintra não está a aumentar, apesar do aumento exponencial da população imigrante no concelho. O autarca, histórico do CDS que se mudou para o PS, diz que o crime que está a preocupar as autoridades do concelho é a violência doméstica.
Em Sintra, a gestão da imigração tem sido feita com proximidade e respeito mútuo, aponta Basílio Horta, esta quarta-feira, no Negócios da Semana.
“Temos 14 associações de imigrantes com quem trabalhamos diretamente. Quando houve recentemente algum tumulto, reunimos com as associações nesse mesmo dia”, explica Basílio Horta.
O presidente defende uma política de imigração que concilie acolhimento e integração com regulação.
“Não pode haver uma porta totalmente aberta, porque se perde o controlo. A regulamentação atual é melhor – não sei se perfeita – mas continuam a existir muitos atrasos na AIMA”, acrescenta.
Apesar do aumento da população imigrante em Sintra, o autarca garante que não houve aumento dos crimes violentos.
“Há imigrantes criminosos, como também há naturais criminosos”, diz.
O autarca alerta, no entanto, para outro fenómeno preocupante.
“Temos assistido a um aumento da violência doméstica. Criámos uma secção específica na polícia para apoiar as vítimas, mas temos de ir mais longe. Temos de fazer mais”, argumenta.
Gouveia e Melo “faz falta à democracia portuguesa”
Sobre a possível candidatura de Gouveia e Melo à Presidência da República, Basílio Horta diz que o almirante “faz falta à democracia portuguesa”. Recusa, para já, declarar qualquer apoio, mas deixa a porta aberta.
“Na altura própria, se for necessário, logo verei”, revela.
“A máquina do Ministério Público está em roda livre”
Sobre as averiguações preventivas e o papel do Ministério Público na atual crise política, Basílio Horta mostra-se preocupado. Admite que o Procurador-Geral da República, Amadeu Guerra, é um “homem respeitado”, mas diz que a máquina do Ministério Público precisa de acompanhamento, coordenação e alguma autoridade.
“Neste momento está em roda livre”, aponta.
No caso de Pedro Nuno Santos, o autarca de Sintra sublinha que a averiguação preventiva acontece na sequência de uma denúncia anónima e lembra que o caso já tinha sido investigado e arquivado anos antes. Sobre Luís Montenegro, cuja empresa familiar também se encontra num processo de averiguação preventiva, Basílio Horta refere que há “falta de transparência” e que há um conjunto de matérias ainda por esclarecer, nomeadamente, a lista dos clientes e as decisões que tomou.
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