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Custo do trabalho continua a subir, mas de forma mais lenta | Trabalho e emprego

O Índice de Custo do Trabalho (ICT) aumentou 4% no primeiro trimestre de 2025, em termos homólogos, segundo dados divulgados nesta manhã pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). É um valor significativamente mais baixo do que o aumento homólogo de 10,1% do trimestre anterior.

“Tanto os custos salariais (por hora efectivamente trabalhada) como os outros custos (também por hora efectivamente trabalhada) aumentaram 4,0%, em relação ao mesmo período do ano anterior”, informa o INE. “A evolução homóloga do ICT resultou também da conjugação do acréscimo de 5,4% no custo médio por trabalhador e do acréscimo de 1,5% no número de horas efectivamente trabalhadas por trabalhador”, continua.

O ICT mede os custos do trabalho por hora trabalhada e mostra a evolução dos custos salariais e dos outros custos. No primeiro lote inclui-se o salário-base, prémios e subsídios regulares ou irregulares (subsídio de férias e de Natal, prémios de fim de ano/distribuição de lucros, entre outros com carácter irregular), bem como ainda o pagamento por trabalho extraordinário.

Segundo o INE, a variação nestes custos salariais foi superior nos serviços (5,1%) do que nas restantes actividades económicas (4,8% na Construção, 2,6% na Indústria e 2,6% na Administração Pública).

Já o grupo dos outros custos tido em conta no cálculo do ICT, inclui encargos com indemnizações por despedimento, despesas a cargo das empresas (contribuições para a Segurança Social, seguros) e encargos convencionais, contratuais e facultativos (seguro de saúde/vida/acidentes pessoais).

Neste caso, os serviços voltam a liderar o aumento (5,2%) que abrangeu, no entanto todos os sectores (4,8% na Construção, 2,7 % na Indústria e 2,5% na Administração Pública).

Porque desacelerou o aumento do ICT? Segundo o INE, a explicação pode estar “essencialmente” no “menor acréscimo dos custos médios (salariais e não salariais) por trabalhador, bem como ao acréscimo do número de horas efectivamente trabalhadas por trabalhador”.

Apesar da volatilidade e incerteza dos primeiros meses de 2025, o mercado de trabalho em Portugal atravessou o período de inflação e taxas de juro altas sem passar por uma crise de desemprego. Os níveis de emprego estão em máximos. Com mais pessoas ao serviço, e mais horas efectivamente trabalhadas, o custo médio por trabalhador nas empresas acaba por suavizar a subida.

Esta desaceleração foi também transversal à economia, mas com diferente evolução entre sectores. “O maior acréscimo foi observado na Administração Pública (5,8%) e o menor nos Serviços (5,0%). A partir do terceiro trimestre de 2024, a Administração Pública passou a observar aumentos superiores relativamente às restantes actividades, invertendo o padrão registado desde o primeiro trimestre de 2021, em que os acréscimos eram inferiores”, esclarece a autoridade estatística nacional.

Quanto ao número de horas trabalhadas, este indicador aumentou em todos os sectores, com excepção dos serviços, em que diminuiu 0,1%, “invertendo a tendência registada ao longo de 2024″. O maior acréscimo foi observado na Administração Pública (3,1%) e o menor na Construção (0,5%).

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