O otimismo está de volta a Wall Street. As três principais bolsas norte-americanas terminaram a primeira sessão da semana com ganhos acima de 1%, depois de o Presidente dos EUA, Donald Trump, ter anunciado que as tarifas recíprocas que vai anunciar a 2 de abril vão ser menos rigorosas do que o que se antecipava.
“Poderei conceder isenções a muitos países”, disse esta tarde na Casa Branca. “Os outros países cobraram-nos tanto que tenho vergonha de lhes cobrar o que eles nos cobraram, mas será substancial. Vão ouvir falar disso a 2 de abril”, acrescentou.
Trump adiantou também que alguns setores podem ficar de fora destas sanções. Quem não se escapa é o automóvel, que o republicano confirmou que vai castigar. E não fica por aqui: a Administração dos EUA quer aplicar uma taxa de 25% aos países que comprem petróleo e gás à Venezuela, justificado pela entrada que Trump diz ser ilegal de milhões de imigrantes desse país, que o republicano quer agora penalizar.
O S&P 500 somou 1,76% para os 5.767,57 pontos, à boleia da subida das “megacaps” que impulsionaram o “benchmark”. O índice que reúne as “Sete Magníficas” subiu 3,2% e estas cotadas podem agora respirar de alívio, depois de uma quebra que colocou o grupo a caminho do pior trimestre desde 2022. Já o Nasdaq Composite ganhou 2,27% para 18.188,54 pontos e o Dow Jones subiu 1,42% para 42.583,32 pontos.
Apesar de levantar algumas restrições, Trump está a planear avançar com taxas específicas sobre importações de madeira e semicondutores mais para a frente, sem dar mais detalhes. O Presidente repetiu ainda a ameaça de impor uma tarifa sobre medicamentos.
“Acredito que já vimos o pior do recuo do mercado, embora continuaremos a assistir a um aumento da volatilidade no início do próximo mês resultante das políticas do Presidente”, disse Ivan Feinseth, da Tigress Financial Partners, à Bloomberg. Já Thierry Wizman da Macquarie diz que a flexibilização já anunciada “parecem confirmar que a regularização e a racionalização da política de tarifas estão a chegar, seguidas de negociações e concessões”.
Dentro das “Sete Magníficas”, a Tesla foi quem mais valorizou esta segunda-feira, com uma subida acima de 11%, impulsionada pelas ações mais baratas que atraíram os investidores, a par do suposto alívio das tarifas sobre o setor automóvel, que entretanto recuou.
A Nvidia, a Amazon e a Meta Platforms subiram mais de 3%, enquanto a Alphabet valorizou acima de 2%. Já a Apple subiu 1% enquanto a Microsoft avançou 0,4%.
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