A Direção-Geral das Artes (DGArtes) abriu hoje o período para entrega de propostas para a representação oficial portuguesa na 61.ª Exposição Internacional de Arte da Bienal de Veneza, em 2026.
A chamada de manifestação de interesse irá receber propostas até ao dia 28 de agosto, e serão depois selecionadas três por um grupo de trabalho coordenado pela DGArtes, entidade responsável pela organização das representações internacionais portuguesas na área da cultura.
As propostas serão selecionadas em função dos parâmetros de “qualidade e consistência da proposta curatorial, resposta ao enquadramento conceptual lançado pela curadora geral Koyo Kouoh, ‘In Minor Keys’, ‘curriculum vitae’ do candidato, e adequação da proposta ao espaço do pavilhão de Portugal”, indica o texto da abertura do processo publicado hoje no ‘site’ da DGArtes.
Após a seleção das três propostas, os candidatos serão convidados pela organização a passar à segunda fase de seleção, através de apresentação de candidatura, num modelo de concurso limitado, que irá selecionar a proposta representante de Portugal na Bienal de Arte de Veneza de 2026.
O grupo de trabalho é composto por elementos com vários percursos e experiências profissionais na área das artes, designadamente Andreia Magalhães, Joaquim Moreno, José Bragança de Miranda, Marta Mestre e Nuno Faria.
A descrição e título da proposta curatorial, individual ou coletiva, deverá ser enviada para o endereço eletrónico [email protected], com todos os elementos exigidos para a candidatura, sendo apenas aceite uma proposta por entidade, refere o anúncio também hoje publicado em Diário da República.
Há um ano, o Ministério da Cultura, então liderado por Dalila Rodrigues, anunciou que a apresentação de candidaturas para representar Portugal na Bienal de Veneza deixaria de ser por convite e passaria a ser em modelo aberto a todos os interessados a partir de 2025.
Além da alteração do modelo de seleção da representação, “de forma a garantir uma participação ampla”, a tutela anunciou também, na altura, em comunicado, uma nova localização do Pavilhão de Portugal, que deixou o Palazzo Franchetti, no Grande Canal de Veneza, pelo término do contrato de arrendamento, e regressaria ao Fondaco Marcello, junto ao Grande Canal.
A próxima Bienal de Arte de Veneza – que vai decorrer sob o tema “In Minor Keys” (“Em Tons Menores”, em tradução livre), desenhada pela curadora Koyo Kouoh, falecida em maio deste ano – apresentará uma visão transformadora da arte num “sussurro poético” de resistência, introspeção e alegria perante tempos de exaustão global, segundo a organização do evento em Itália.
A mostra irá decorrer de 9 de maio a 22 de novembro de 2026, com pré-inauguração nos dias 7 e 8 de maio nos Jardins, no Arsenal e noutros locais do centro de Veneza.
Na edição de 2024 da Bienal de Arte de Veneza, com 86 representações nacionais, o Pavilhão de Portugal alcançou, segundo a DGArtes, um recorde histórico de 83.800 visitantes com o projeto “Greenhouse”, das artistas Mónica de Miranda, Sónia Vaz Borges e Vânia Gala.
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