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Dispositivo de combate a incêndios foi reforçado mas faltam helicópteros

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O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais prevê para esta altura do ano 79 meios aéreos, sendo que três são helicópteros da AFOCELCA (empresa de proteção florestal vocacionada para o combate a incêndios rurais). 

Dispositivo de combate a incêndios foi reforçado mas faltam helicópteros

PEDRO SARMENTO COSTA

O dispositivo de combate a incêndios rurais é esta terça-feira reforçado para entrar na sua capacidade máxima, passando a estar no terreno em permanência 11.161 operacionais e 69 meios aéreos, menos sete do que os previstos pela Proteção Civil.

A Diretiva Operacional Nacional (DON), que estabelece o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) para este ano, indica que os meios são reforçados pela terceira vez este ano com a entrada em vigor do denominado ‘reforçado – nível Delta’, que se prolonga até 30 de setembro.

O DECIR prevê para esta altura do ano 79 meios aéreos, sendo que três são helicópteros da AFOCELCA (empresa de proteção florestal vocacionada para o combate a incêndios rurais). No entanto, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção e Civil (ANEPC) indicou à Lusa que conta a partir desta terça-feira com 71 aeronaves, mas dois helicópteros ligeiros estão inoperacionais por se encontrarem neste momento em manutenção.

Estão neste momento disponíveis 69 dispositivos de combate a incêndios

Os helicópteros ligeiros inoperacionais para manutenção estão sediados nos Centros de Meios Aéreos (CMA) de Arcos de Valdez (Viana do Castelo) e Santa Comba Dão (Viseu).

No total, estão esta terça-feira disponíveis para o combate aos incêndios 69, menos sete do que os 76 previstos no DECIR e ao serviço da ANEPC.

A Proteção Civil indica que se encontram “ainda por posicionar cinco helicópteros ligeiros previstos para os CMA de Mafra, Portalegre, Grândola, Ourique e Moura”, o que resulta de “constrangimentos no processo de contratação conduzido pela Força Aérea Portuguesa, uma vez que os concorrentes ao procedimento inicial recusaram a celebração do contrato ou não reuniram os requisitos exigidos”.

ANEPC diz que tem vindo a “reforçar o dispositivo através do pré-posicionamento estratégico de meios aéreos”

A Lusa questionou a ANEPC sobre a falta de helicópteros no distrito de Beja, que remeteu uma resposta para a Força Aérea, responsável pelo processo de contratação dos meios aéreos. Por sua vez, e numa resposta enviada à Lusa na semana passada, a Força Aérea refere que a sua responsabilidade diz apenas respeito ao processo de contratação dos meios aéreos, sendo a localização definida pela ANEPC.

A Proteção Civil indicou ainda à Lusa que os “locais onde ainda não foi possível posicionar meios aéreos” estão abrangidos e cobertos por aeronaves alocadas a outros CMA, “garantindo-se, assim, a capacidade de resposta operacional sempre que necessário”.

A ANEPC avança que tem vindo “a reforçar o dispositivo através do pré-posicionamento estratégico de meios aéreos” para “mitigar os efeitos da indisponibilidade temporária” dos cinco helicópteros, em particular na região do Alentejo, tendo sido destacados dois aviões médios anfíbios para o CMA de Beja, um helicóptero pesado para o CMA de Ourique e um helicóptero ligeiro para o CMA de Portalegre.

Segundo o DECIR, nos próximos três meses, vão estar disponíveis e “em permanência” 11.161 operacionais, 2.293 equipas e 2.417 veículos, números que podem aumentar em caso de necessidade, prevendo o dispositivo a mobilização em 24 horas de meios adicionais que podem chegar aos 15.024 elementos de 2.567 equipas e 3.411 viaturas.

Estes operacionais envolvidos no DECIR até setembro são elementos pertencentes aos bombeiros voluntários, na sua maioria, Força Especial de Proteção Civil, militares da Guarda Nacional Republicana e elementos do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, nomeadamente sapadores florestais e sapadores bombeiros florestais.

Entre janeiro e junho registaram-se 2.459 ocorrências de fogo

Este ano mudou o critério de contabilização dos operacionais envolvidos no combate aos incêndios rurais, não sendo, por isso, possível fazer uma comparação com 2024. Segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, a DON deste ano deixou de integrar os meios e recursos afetos à vigilância e deteção e contempla apenas os recursos permanentes, mobilizáveis e efetivos para o combate aos fogos.

Dados provisórios do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) dão conta de que este ano, entre janeiro e junho, se registaram 2.459 ocorrências de fogo, que provocaram 6.104 hectares de área ardida. Relativamente ao período homólogo, ocorreram mais 647 incêndios e a área ardida mais do que duplicou. 

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