Ásia dá maior salto desde 2022. Europa prepara-se para voltar ao “rally”
Foi uma verdadeira reviravolta na guerra comercial. As bolsas asiáticas registaram o maior salto em mais de dois anos depois de os mercados financeiros respirarem de alívio após Donald Trump ter reduzido por 90 dias as tarifas recíprocas para 10% aos países que ainda não retaliaram os EUA – como é o caso da União Europeia.
Apesar de a China ter ficado de fora desta lista – aliás, viu as taxas a escalarem até 125% -, as bolsas chinesas somaram ganhos, já que os investidores acreditam que o Governo irá anunciar mais pacotes de estímulos para combater o impacto das tarifas. Há ainda analistas que acreditam que os EUA podem chamar Pequim à mesa de negociações e, possivelmente, chegarem a um acordo. Os principais líderes chineses irão reunir esta quinta-feira para discutir medidas económicas adicionais.
“A probabilidade de um cenário de ‘danos contidos’ está a aumentar”, disse Homin Lee, estratega da Lombard Odier, à Bloomberg. “Os investidores da Ásia e não só estão a respirar de alívio”, afirmou Frederic Neumann, do HSBC, que acrescenta que “o adiamento das tarifas recíprocas pelos EUA dá mais tempo para as negociações”.
O índice que agrega os principais índices asiáticos, o MSCI, subiu 5,4% para o nível mais elevado desde 2022.
No Japão, o Nikkei 225 aumentou 8,6% o Topix somou 8%. Na China, os ganhos foram mais modestos: em Hong Kong, o Hang Seng valorizou 2,9% e o Shangai Composite ganhou 1,2%.
Na Coreia do Sul, o Kospi avançou 6% e na Austrália, o S&P/ASX 200 ganhou 4,7%. O maior ganho foi mesmo em Taiwan, com o Taiex a subir 9,25%.
Aliviando os receios de uma guerra comercial mais agressiva, a pausa nas tarifas chegou aos países europeus e as principais praças do bloco preparam-se para abrir pintadas de verde. Os futuros do Stoxx 50 saltam 8,1%, após na última sessão terminado em mínimos de janeiro de 2024.
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