Nesta terça e quarta-feira, 1 e 2 de Julho, as forças israelitas mataram pelo menos 220 pessoas na Faixa de Gaza, segundo dados das autoridades de saúde palestinianas.
Só nas últimas 24 horas foram mortas 111 pessoas, incluindo 29 alvejadas enquanto esperavam por ajuda humanitária. Outras 17, na sua maioria mulheres e crianças, foram mortas num ataque a um edifício que abrigava famílias deslocadas, num bairro da cidade de Gaza.
Também nesta quarta-feira, membros do partido de Benjamin Netanyahu, o Likud, incluindo vários ministros e o presidente do Parlamento israelita, instaram o primeiro-ministro a ir além da contínua expansão de colonatos e avançar para a anexação do território palestiniano da Cisjordânia até ao final deste mês.
“A parceria estratégica e o apoio dos Estados Unidos e do Presidente Donald Trump fizeram deste o momento ideal para avançar e garantir a segurança das próximas gerações israelitas”, justificaram, numa carta conjunta, invocando também a “histórica vitória” sobre o Irão.
Em quase 21 meses, desde Outubro de 2023, terão sido mortos na Cisjordânia ocupada pelo menos mil palestinianos. Cerca de 400 mil foram forçados a fugir das suas casas, devido a constantes raides e ataques de militares e colonos israelitas, de acordo com a organização internacional Médicos sem Fronteiras.
Na próxima semana, Benjamin Netanyahu deverá reunir-se com Donald Trump em Washington, para discutir um possível acordo de cessar-fogo de 60 dias na Faixa de Gaza, mediante a libertação de reféns pelo Hamas.
O Hamas confirmou esta tarde que estava a avaliar uma proposta de trégua apresentada pelos Estados Unidos, mas reiterou que continuará a exigir um acordo que garanta um cessar-fogo permanente e a retirada das tropas israelitas da Faixa de Gaza.
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