O Exército israelita declarou uma “pausa táctica” nas operações militares em partes da Faixa de Gaza, a 27 de Julho, para facilitar a passagem segura da ajuda humanitária, no mesmo dia em que o Ministério da Saúde palestiniano informou que mais de 130 palestinianos, a maioria crianças, morreram de desnutrição na Faixa de Gaza.
No entanto, apesar dos esforços para que a ajuda chegue, a fome continua a matar: nesta quarta-feira, o número das vítimas da fome escalou para mais de 150.
A população sofre toda com a falta de comida, mas são os mais novos e vulneráveis os que mais sofrem. À Reuters, Ahmed al-Farra, chefe do departamento de pediatria e maternidade do Hospital Nasser, na Faixa de Gaza, diz que a unidade está agora a lidar com casos de crianças subnutridas sem problemas de saúde prévios.
Durante os cinco dias que a Reuters passou no Hospital Nasser, um dos apenas quatro centros médicos em Gaza com capacidade para tratar os casos mais agudos de subnutrição, deram entrada nos serviços 53 casos de crianças em risco.
Face à falta de ajuda suficiente e à pressão internacional, Israel anunciou “pausas tácticas” nos combates, a abertura de “rotas seguras” e ainda a distribuição por via aérea. Mas as mortes de palestinianos que procuram chegar aos abastecimentos nos centros de distribuição continuam a aumentar. Segundo a Al-Jazeera, esta quarta-feira morreram 63 pessoas que procuravam ajuda, de um total de 75 pessoas vítimas de ataques israelitas.
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