Um caminho rural que atravessa o bosque à beira da estrada nacional 342 leva-nos ao que, por ora, é ainda campo verde, a perder de vista. Não são apenas os 1070 sobreiros cujo abate foi autorizado na véspera da queda do Governo, mas são todas as outras espécies arbóreas, a começar por mais de 40 mil exemplares de carvalho cerquinho, e passando por toda uma diversidade de flora: pinheiros, carvalhos, medronheiros, plantas várias. “Não é só a flora, é a fauna também que aqui habita. O que é caricato é que, em nome da energia verde, vamos destruir muito do verde do nosso país. Será que compensa?”. A interrogação é de Manuel Malva, dirigente da Milvoz – Associação de Protecção e Conservação da Natureza, a organização não-governamental que se tem dedicado a denunciar o que está a acontecer em Condeixa-a-Nova, às portas da zona urbana de Coimbra.