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Espanha rejeita meta da NATO de 5% do PIB em defesa

Pedro Sánchez recusa o novo objetivo proposto pelo secretário-geral da NATO, Mark Rutte, de aumentar a despesa com defesa para 5% do PIB. Numa carta enviada esta quarta-feira, o primeiro-ministro espanhol classificou o plano como “irracional e contraproducente”.

Segundo o chefe do Governo espanhol, assumir uma meta de 5% seria incomportável para a realidade económica do país. Sánchez alertou que:

“Atingir esse nível de despesa implicaria desaceleração económica, pressões inflacionistas e cortes em serviços públicos.”

Além disso, tal aumento “é incompatível com o estado de bem-estar” e com a transição verde defendida por Espanha.

Na carta tornada pública pelo executivo de Madrid, Pedro Sánchez pede uma “fórmula mais flexível” na declaração da próxima cimeira da NATO, a realizar-se nos dias 24 e 25 de junho, em Haia.

Sánchez propõe que a meta dos 5% seja considerada opcional ou que Espanha fique explicitamente isenta dessa obrigação.

Espanha considera 2,1% do PIB suficiente

Segundo as estimativas militares espanholas, 2,1% do PIB é suficiente para cumprir os compromissos assumidos no seio da NATO. A atual meta da Aliança Atlântica, de atingir os 2% até 2029, já está a ser antecipada por Espanha com um investimento adicional de 10,47 mil milhões de euros, anunciado em abril.

Dados oficiais da NATO indicam que, em 2023, Espanha investiu apenas 1,2% do PIB em defesa, sendo atualmente o país mais distante da meta dos 2%.

“Escolhemos não fazer esses sacrifícios”

Sánchez foi taxativo: chegar aos 5% exigiria “aumento de impostos às classes médias, redução dos serviços públicos e desaceleração da transição verde”. E conclui:

“Escolhemos não fazer esses sacrifícios.”

O Governo espanhol, liderado por uma coligação de esquerda entre o PSOE e a plataforma Somar, tem mostrado reservas históricas ao aumento das despesas militares.

A proposta de Mark Rutte, novo secretário-geral da NATO, prevê um investimento global de 5% do PIB, repartido da seguinte forma:

  • 3,5% em gastos diretos com defesa (capacidades militares);
  • 1,5% em infraestruturas e indústria de segurança.

A proposta será debatida na próxima cimeira da NATO, agendada para Haia, nos Países Baixos, a 24 e 25 de junho de 2025.

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