O Governo apresentou este domingo a Estratégia Nacional para a Gestão da Água. São quase 300 medidas e projetos com o objetivo de obter uma maior segurança e sustentabilidade na gestão da água em Portugal.

O investimento previsto são cinco mil milhões de euros, através do PRR, do Portugal 2030 e do fundo ambiental.

Em entrevista na SIC Notícias, o ministro da Agricultura garantiu que o financiamento será a parte “mais fácil” deste plano, sublinhando que o obstáculo será “acelerar a elaboração dos projetos”.

“O obstáculo vai ser ter projetos prontos para executar. Temos de acelerar declarações de impacte ambiental, é preciso simplificação”, disse.

Reconhecendo que a APA e o ICNF têm vindo a fazer um “esforço enorme para simplificar”, lamentou que ainda existam técnicos “que empatam”, que olham para projetos na perspetiva de “tentar chumbá-los”.

Numa estratégia pensada para duas fases – 2025-2030 e 2030-2040 – o grande investimento do Governo será a construção de novas barragens. O ministro José Manuel Fernandes lembra que “só utilizamos 10% da água disponível”, e que é preciso capacidade de armazenamento para depois a distribuir.

Moção de confiança: “Quem quer ir para eleições vota contra”

Questionado sobre a crise política, o governante diz ainda ter “esperança” de que o PS “seja coerente”.

“Votou contra uma moção de censura, absteve-se na outra e na moção de confiança no mínimo deveria abster-se. Quem quer ir para eleições vota contra.”

José Manuel Fernandes considera que o primeiro-ministro já explicou tudo o que havia para explicar que não cometeu “nenhuma ilegalidade”.