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Euro sub-21: a Polónia faltou às aulas, Portugal teve nota 20 | Crónica de jogo

Neste sábado, a selecção polaca sub-21 tinha um plano, mas só o contou a metade dos jogadores – ou então faltaram à aula em que ele foi divulgado. Seja como for, com uma equipa totalmente descoordenada na ideia de jogo, a Polónia foi esmagada pela selecção portuguesa, que venceu por 5-0 no segundo jogo no Europeu 2025, na Eslováquia.

Este resultado permite que Portugal só precise de um empate com a Geórgia, na terça-feira (17h), para seguir para os quartos-de-final. E até o primeiro lugar do grupo parece perfeitamente ao alcance, pelos golos marcados neste jogo frente à Polónia.

Neste sábado, o jogo foi tão fácil que Rui Jorge se deu ao luxo de tirar ao intervalo os três jogadores mais decisivos na primeira parte: Roger, Quenda (fez o que quis desta partida) e Paulo Bernardo resolveram o jogo e foram assistir sentados aos restantes 45 minutos.

Henrique Araújo por Tiago Tomás

Portugal levou a este jogo um desenho táctico semelhante ao habitual – um 4x3x3 com o meio-campo em 1+2 –, mas com um nome que mudava tudo: Henrique Araújo. Provavelmente por esperar uma Polónia em bloco baixo e a ceder pouco espaço na profundidade, Rui Jorge preferiu abdicar de Tiago Tomás, um jogador de ataque ao espaço, e ter antes Henrique Araújo, mais competente em apoios frontais.

A Polónia confirmou o tal plano de defesa baixa, mas pareceu viver num dilema permanente. Por um lado, sentia que tinha de defender frente a uma equipa bem mais forte. Por outro, não poderia jogar para o empate depois de ter perdido a primeira partida frente à equipa mais fraca do grupo.

Poderá ter sido isto a deixar a equipa tão facilmente atraída à pressão alta, apesar de não parecer, de todo, o plano-base.

Aos 16’, a Polónia foi pressionar um lançamento lateral português a meio do meio-campo ofensivo – primeira coisa incomum. Depois, Nazinho lançou longo e Henrique Araújo ganhou uma bola aérea – segunda coisa incomum. E ganhou contra dois polacos – terceira coisa incomum. Depois houve espaço para Roger, corrida pela ala e assistência para Quenda, que encostou facilmente perante uma Polónia muito subida e com defesas entregues à sorte.

Aos 24’, dose repetida. A Polónia decidiu ir pressionar alto um pontapé de baliza e quando Samuel Soares bateu longo deixou logo seis adversários fora da jogada. Com muito espaço entre linhas – a defesa polaca parecia estar mais a par do plano de defenderem baixo –, havia três contra três na frente e Roger fez um passe a toda a largura para Quenda. Depois, foi drible da direita para dentro, defensores crentes no pé canhoto do português e bola puxada para fora, para remate forte de pé direito – o menos bom do sportinguista.

Aos 30, vamos adivinhar… isso mesmo. Numa bola parada ofensiva, a Polónia foi apanhada totalmente desposicionada, Roger voltou a soltar Quenda e o ala fez o que toda a gente na bancada e na televisão conseguia ver: parou, levantou a cabeça e esperou que Henrique Araújo corresse de trás para a frente para lhe endereçar um passe vertical a rasgar – finalizou isolado. Era um desfecho fácil de adivinhar na transmissão, com visão a campo inteiro, mas muito difícil para os defensores polacos ao nível do relvado.

Aos 41’, temos aposta? Foi o mesmo, claro! A Polónia foi novamente apanhada a pressionar alto, mas com a defesa em baixo e o espaço entre linhas deu bola larga para Roger, movimento de Nazinho e cruzamento defendido pelo guarda-redes e finalizado na recarga por Paulo Bernardo.

Aos 64’, mais um golo. Sabemos como foi? Sabemos, evidentemente. Nova bola parada ofensiva da Polónia com a equipa totalmente descompensada e transição portuguesa com correria de Gustavo Sá e finalização de Rodrigo Gomes.

Cinco golos, cinco lances de génese semelhante: Polónia lançada no ataque em momentos de bola parada ou momentos em que metade dos jogadores polacos queria pressão alta e outra metade queria defender a sua baliza – e eram estes últimos que levavam com as “motas” portuguesas em transições.

Não há muito mais a contar de um jogo que, após o intervalo, não teve grandes motivos de interesse e que Portugal aproveitou para ir, com uma ampla rotação, preparando o último embate da fase de grupos.

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