Foi na Galeria Zé dos Bois, em Lisboa, que pela primeira vez tomámos contacto com a obra visual de Marco Franco, também destacada figura da música experimental portuguesa. Nos desenhos que então se mostravam havia uma dimensão gráfica com uma noção rítmica e serial que não pode ser alheia à sua vocação de músico, ainda que não se possa restringir “a arte de músico”. Falamos de uma certa ideia de estrutura que parece autopropagar-se a partir de um elemento encontrado que nunca arrefece a imaginação, antes a alimenta nas suas variações. Agora, Franco mostra-nos esculturas metálicas feitas em aço bruto e cobre oxidado. São menos orgânicas do que as que havia exposto em anterior mostra na galeria. Na verdade, há uma humildade nestas que, paradoxalmente, trai uma possível outra condição: todas se apresentam sobre mesas circundáveis, mas podemos imaginá-las facilmente numa outra escala como monumentos em praças ou centros culturais. No entanto, aqui tudo isso parece desnecessário. “
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