As tarifas de Donald Trump estão a apanhar as empresas de tecnologia numa “tempestade”, principalmente as fabricantes de smartphones e de hardware.
O movimento do presidente dos Estados Unidos da América (EUA) promete um aumento dos custos, uma redução na procura por parte dos consumidores e uma tensão na cadeia de fornecimento a nível mundial.
E o impacto destas tarifas já se está a sentir nos mercados. A Apple está a recuar 9,30% para 203,06 dólares, a Broadcom perde 9,08% para 156,48 dólares, a Amazon cai 8,01% para 180,30 dólares, a Dell Technologies afunda 17,60% para 78,54 dólares e a Intel desliza 4,89% para 20,91 dólares. Também a Nvidia, uma das principais empresas de semicondutores, cai 7,26% para 102,42 dólares.
Com estas empresas a terem grandes centros de produção na China, um dos parceiros comerciais mais afetados pelas tarifas do “Dia da Libertação”, o impacto é notório e a proposta é mudarem a produção para os EUA ou para outros parceiros na Ásia.
E o consumidor?
As respostas ainda são vagas, mas os analistas estão a fazer as contas e estas não são simpáticas.
Vários analistas disseram à Reuters que os smartphones, especialmente os iPhones, podem ser dos produtos mais impactados pelas tarifas. A razão prende-se exatamente pela produção em solo chinês, que vai sofrer com tarifas de 54%.
Neste caso, as empresas têm duas escolhas: absorvem o impacto direto, com um forte aumento de custos para o próprio bolso, ou passam-no aos consumidores.
Assim, estes analistas estimam que o preço do iPhone possa sofrer um aumento entre os 30% e 40%. O modelo básico do iPhone 16 tem um preço atual de 799 dólares nos EUA, mas pode passar a custar 1.150 dólares, caso a Apple queira passar a fatura das tarifas para o cliente.
Os analistas da Rosenblatt Securities estimam que a Apple precise de aumentos entre os 39% e os 43% para compensar as tarifas de Donald Trump. Só o iPhone teria de ver um aumento de 43%, o iPad de 42% e o Mac e Airpods de 39%.
A nota da Rosenblatt Securities evidencia que “em contas rápidas”, as tarifas podem ter um custo “de até 40 mil milhões de dólares” para a Apple.
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