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Festival IndieLisboa começa hoje e tem presença generosa de cinema português – Atualidade

O IndieLisboa abre no cinema São Jorge com a comédia do absurdo “Une Langue Universelle”, do realizador canadiano Matthew Rankin, que imagina um Canadá onde todos falam persa. O filme foi escolhido pelo Canadá para a corrida aos Óscares.

O fecho do festival será com “Caught by the tides”, do realizador chinês Jia Zhang-ke, sobre uma bailarina e um duvidoso produtor de música, tendo uma China como pano de fundo ao longo de duas décadas.

Entre estes dois filmes há dezenas de propostas, repartidas por secções competitivas, como as competições nacional, internacional e Novíssimos, e retrospetivas, nomeadamente a que é dedicada à realizadora búlgara Binka Jeliaskova.

O IndieLisboa apontará ainda o foco ao artista britânico Charlie Shackleton, que estará em Lisboa para apresentar os seus filmes, incluindo “Paint Drying”, obra experimental e de protesto contra a entidade britânica que atribui e cobra pela classificação de filmes.

“Paint Drying”, um plano estático de uma parede de tijolo pintada de fresco, tem dez horas de duração, e vai ser projetado na Sala Rank, do cinema São Jorge, usada durante o Estado Novo para censura prévia aos filmes.

Destaque ainda para a presença do realizador chinês Wang Bing, a propósito da exibição da trilogia “Youth” e de uma sessão de conversa com o público.

“Youth” é um documentário de observação dividido em três filmes – “Spring”, “Hard Times” e “Homecoming” – que acompanha jovens trabalhadores do setor têxtil, que todos os anos migram para fábricas na cidade chinesa de Zhili.

Haverá ainda cinema para ver dentro da piscina municipal da Penha de França e a maratona de madrugada “Boca do Inferno”.

A competição nacional apresenta dez longas-metragens, um número inédito no festival, e 16 curtas-metragens, além de existir uma presença maior de filmes portugueses no conjunto da programação. Alguns dos filmes estão em estreia nacional depois de terem passado pelo circuito de festivais estrangeiros, e outros em primeira exibição.

Em estreia mundial estarão “A vida luminosa”, primeira longa-metragem de ficção de João Rosas, e as curtas-metragens “Um dia, depois outro”, de Catarina Romano, e “Antígona ou a história de Sara Benoliel”, de Francisca Mira Godinho.

A eles juntam-se o já premiado “Hanami”, da luso-cabo-verdiana Denise Fernandes, “Duas vezes João Liberada”, de Paula Tomás Marques, e “Pai Nosso – Os últimos dias de Salazar”, de José Filipe Costa.

Da competição nacional foi retirado “Balane 3”, do realizador Ico Costa, e um projeto por ele produzido, depois de denúncias sobre casos de violência doméstica, que o cineasta negou e considerou falsas.

Em comunicado divulgado na semana passada, a direção do IndieLisboa explicou que tomou a decisão na sequência da divulgação de uma carta aberta por uma das alegadas vítimas de violência num relacionamento com o realizador e “face ao surgimento de novas denúncias”.

“A situação exige integridade e responsabilidade social, princípios que regem o nosso código de conduta. Somos profundamente sensíveis a denúncias de violência e temos consciência de que o contexto social e legal da violência de género é, muitas vezes, revitimizante na forma como trata quem denuncia”, escreveu a direção do IndieLisboa.

Toda a programação do IndieLisboa está disponível aqui.

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