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Galp já tem 5 MW de baterias made in USA a injetar energia na rede nacional – Energia

A Galp anunciou esta sexta-feira que já começou a injetar na rede elétrica nacional a energia armazenada no seu primeiro projeto-piloto de baterias de grande escala, com 5 MW de potência, instalado numa das quatro centrais solares da empresa localizadas em Alcoutim. O projeto, avançado pelo Negócios em fevereiro de 2024, surgiu na sequência da parceria estabelecida pela Galp com a norte-americana Powin, um integrador global de armazenamento de energia com sede nos EUA.

Agora, a Galp revelou ao Expresso que o investimento neste projeto foi de 30 milhões de euros e que até ao final do ano deverá ainda acrescentar outros 55 MW de armazenamento. 

Esta segunda fase do contará com um subsídio de quase cinco milhões de euros do Fundo Ambiental, no âmbito do aviso já fechado para projetos de armazenamento, que selecionou 41 projetos, com vista a viabilizar a construção de pelo menos 500 MW de potência de armazenamento em Portugal. Neste momento a Galp conta com 1,5 gigawatts (GW) de energia renovável, sobretudo em Espanha, com mais 400 MW em construção até ao próximo ano.

Em Portugal, a empresa conta apenas com um complexo fotovoltaico  com uma capacidade combinada de 156 MW na região sul do Algarve, sendo que o sistema de armazenamento em baterias de 5MW/20MWh (que permitem injetar energia na rede à máxima potência durante quatro horas) “aumenta a capacidade do parque para enviar energia renovável para a rede quando esta mais precisa”, refere a Galp. 

Além disso, permite “otimizar a estabilidade da rede, tornando-se assim uma ferramenta importante no mercado em expansão dos serviços do sistema de rede”. Os mais de 252 mil painéis fotovoltaicos, que se estendem por 250 hectares, têm capacidade para produzir 250 GWh por ano, o suficiente para abastecer 80 mil famílias.

“Com a crescente penetração de produção renovável intermitente, a introdução de armazenamento é de extrema importância para a estabilidade e sustentabilidade do sistema elétrico. O primeiro sistema de armazenamento de grande escala em Portugal continental e o nosso primeiro projeto híbrido renovável operacional, permitirá criar um leque de novas oportunidades para a Galp”, afirmou em comunicado Georgios Papadimitriou, vice-presidente Executivo de Renováveis, Novos Negócios e Inovação da Galp.

Por seu lado, Brian Kane, chief projects officer da Powin, disse que “este projeto representa um passo crítico no percurso da Powin na sua expansão internacional e uma resposta à crescente procura de soluções de armazenamento de energia na Europa”. Em 2024, a Powin disse ao Negócios que quer ter presença em Portugal, Espanha, Itália e França até ao final de 2024, e vendas de 500 milhões em 2025.
 
A Galp estreou-se na energia solar em território nacional em 2023, no Algarve, com um investimento de 70 milhões de euros na central de Alcoutim. Na calha está uma segunda mega central solar – em Ourique –, cujo investimento a rondar os 100 milhões de euros deverá ser decidido em 2024 ou 2025. Quer aumentar a sua capacidade para 4 GW até 2025 e para 12 GW até 2030. A empresa admite novas parcerias com a Powin no futuro. 
 
A empresa americana foi fundada em 1989 e tem sede no Oregon, com atividade concentrada sobretudo nos EUA e Canadá, mas uma presença internacional que se estende também a Israel, Ucrânia e Taiwan. A fabricante americana quer que as suas baterias sejam quase 100% ‘made in USA’ (à exceção de alguns componentes que ainda tem de importar da China).



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