A Google introduziu no Android 15 uma novidade inesperada que chegou com a atualização QPR2, disponível para os dispositivos Pixel. Esta funcionalidade era aguardada apenas para o Android 16, mas a empresa decidiu antecipar o lançamento. A partir de agora, os utilizadores podem ativar um terminal Linux de forma nativa.
O Android é o sistema operativo móvel mais utilizado no mundo. Contudo, para além do seu sucesso entre utilizadores comuns, é também uma plataforma popular entre programadores e entusiastas de tecnologia, principalmente porque é baseado no kernel do Linux.
Uma consola Linux integrada no Android
Apesar de o Android ser baseado em Linux, tradicionalmente não oferecia um terminal acessível ao utilizador. Isto deve-se ao facto de a estrutura do sistema operativo ser diferente das distribuições Linux convencionais: utiliza o kernel do Linux, mas as bibliotecas e o ambiente de execução são adaptados para dispositivos móveis.
Com a chegada do Android 15 QPR2, passa a ser possível ativar a consola através das opções para programadores. Para tal, basta aceder ao menu de opções de desenvolvimento e ativar a funcionalidade de ambiente de desenvolvimento Linux. Depois de ativada, surge uma nova aplicação no ecrã inicial chamada "Terminal".
A primeira execução requer o download de cerca de 567 MB de dados. A partir desse momento, o terminal funciona como qualquer outra aplicação independente, podendo ser executado em segundo plano. Além disso, permite ajustar o espaço de armazenamento alocado, até um máximo de 16 GB.
Para que serve um terminal Linux no Android?
Esta funcionalidade representa uma alternativa viável a aplicações como o Termux, que anteriormente preenchiam esta lacuna no ecossistema Android. Agora, com uma solução integrada, os utilizadores podem explorar e controlar o seu dispositivo com maior profundidade.
Com o terminal Linux, é possível gerir ficheiros do sistema (com algumas restrições para dispositivos sem root), aceder a informação de redes através de comandos como ipconfig
, obter detalhes sobre os processos em execução, monitorizar o desempenho do sistema e muito mais.
Para utilizadores com acesso root, as possibilidades multiplicam-se. Poderão modificar ficheiros do sistema, alterar permissões de leitura e escrita, editar o ficheiro build.prop
(onde estão registadas as principais definições do dispositivo), instalar packages Linux ou até ajustar as propriedades do processador.
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