O candidato à Presidência da República Henrique Gouveia e Melo atacou neste sábado à noite, no Porto, a “reacção corporativa e profundamente antidemocrática” à sua candidatura de quem acha que a política é “um clube fechado”.
“Aproveito a oportunidade para chamar a vossa atenção sobre uma reacção corporativa e profundamente antidemocrática que tenho vindo a assistir nos últimos dias”, disse Gouveia e Melo num jantar com apoiantes no Centro de Congressos da Alfândega do Porto, onde anunciou que o ex-presidente do PSD, Rui Rio, será o mandatário nacional da sua campanha. Para o almirante, tratou-se de “uma reacção de uma determinada franja de sociedade instalada”.
“Se, por um lado, são arautos da democracia e apelam à resistência e ao dever cívico dos cidadãos para participarem activamente na política e na vida da comunidade, por outro atacam ferozmente qualquer cidadão que tente imiscuir-se na definição política que eles próprios acham que criaram”, sustentou.
Após uma longa salva de palmas dos seus apoiantes, dirigiu-se-lhes dizendo que “a política não é um clube fechado onde só se entra por convite, muito menos poderá ser refém de qualquer casta”. “A democracia não é isso”, vincou.
No seu discurso, Henrique Gouveia e Melo considerou que “o maior desafio dos nossos tempos é a economia”. “Sem uma economia pujante, competitiva, não podemos distribuir prosperidade nem manter o Estado Social que tanto nos custou a conquistar”, frisou, referindo também que é necessário “libertar o potencial do país”, “atrair investimento com inteligência, dar estabilidade a empresários e cidadãos, reformar a justiça e modernizar o Estado”.
Para Gouveia e Melo, “um Estado melhor não é e não poderá ser impeditivo de uma sociedade livre, onde a livre iniciativa, a propriedade privada e a inovação sejam respeitadas e apreciadas sem invejas”. “Portugal tem talento. Tem criatividade. Tem História. Mas falta-lhe escala, produtividade e ambição”, completou.
O candidato presidencial apontou ainda ao problema da habitação enfrentado pelas famílias, que “lutam de novo por habitação digna, sem que consigam respostas para os seus anseios”, pois “os salários parecem ser cada vez mais curtos e tendem a não chegar ao fim do mês”.
“Precisamos de valorizar e respeitar quem serve o país e os portugueses. Falo dos nossos médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde; falo dos professores, dos militares e dos polícias – pessoas que nem sempre são tratadas com o respeito e a dignidade que merecem”, considerou ainda.
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