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Há duas empresas suspeitas do roubo de dados críticos da TSMC e nenhuma delas é chinesa!

A TSMC, líder mundial na produção de semicondutores, enfrenta um caso de espionagem industrial que envolve dois gigantes japoneses. Tokyo Electron e Rapidus são apontadas como suspeitas no alegado roubo de dados críticos da sua tecnologia de 2 nm.

ilustração de produção de semicondutores pela TSMC

O estatuto de liderança da TSMC tem um preço. A empresa taiwanesa é o maior fabricante de semicondutores do mundo e construiu o seu sucesso com base no aperfeiçoamento de tecnologias de integração altamente competitivas. Atualmente, a sua fotolitografia mais avançada é a de 2 nm e está prestes a iniciar a produção em larga escala deste tipo de chips.

É natural que os seus concorrentes quisessem conhecer os processos mais sofisticados da empresa, sobretudo os ligados ao nó de 2 nm. E, ao que tudo indica, alguns estarão a tentar obter essa informação.

Roubados os segredos mais precisos da atualidade da tecnologia

Conforme referimos há três dias, as autoridades taiwanesas detiveram três funcionários da TSMC, suspeitos de roubar segredos comerciais da empresa. Como seria de esperar, foi a própria TSMC que denunciou o caso, segundo comunicado da Procuradoria Superior de Taiwan.

De acordo com o Nikkei Asia, dois funcionários e um ex-funcionário terão obtido informação crítica sobre a sua tecnologia de fotolitografia de 2 nm. Estes dados são extremamente valiosos e poderiam ser usados por um concorrente para otimizar os seus próprios processos de fabrico.

Duas suspeitas inesperadas: Tokyo Electron e Rapidus Corporation

A investigação ainda não confirmou se a informação roubada chegou a outra empresa, mas o United Daily News avança que os investigadores revistaram os escritórios da japonesa Tokyo Electron, especializada no design e fabrico de equipamentos para processamento de bolachas de silício (wafers).

O seu projeto mais ambicioso é o desenvolvimento de máquinas de gravação por plasma, responsáveis por definir o padrão que será depois transferido para a bolacha.

Segundo o SCMP, a Tokyo Electron confirmou ter despedido um funcionário da sua filial em Taipé (Taiwan) por envolvimento no roubo de informação crítica da TSMC.

A empresa afirma ainda estar a colaborar com as autoridades taiwanesas.

O facto de a Tokyo Electron estar no centro deste incidente é um infortúnio.

Comentou Atsushi Osanai, professor da Universidade de Waseda (Japão). No entanto, não é a única japonesa ligada ao caso.

Japoneses poderão estar envolvidos na alta espionagem industrial

O portal Money.UDN.com refere que alguns dos funcionários detidos terão entregue à Rapidus Corporation centenas de fotografias e dados sobre as técnicas de integração de processos mais avançadas da TSMC.

A Rapidus foi criada para competir diretamente com a TSMC, Intel e Samsung no fabrico de chips. Curiosamente, é uma empresa muito recente, fundada a 10 de agosto de 2022 pelo governo japonês, com um capital inicial de 7,346 mil milhões de ienes (cerca de 46 milhões de euros), financiado por empresas como Sony, Toyota, NEC, SoftBank, Kioxia, Denso, Nippon Telegraph e MUFG Bank.

Atualmente, a Rapidus está a construir uma fábrica de circuitos integrados em Chitose (Hokkaido, norte do Japão), onde planeia produzir semicondutores de 2 nm.

Os primeiros protótipos já estão prontos, mas a produção em larga escala só deverá arrancar, no melhor cenário, em 2027.

Tal como no caso da Tokyo Electron, a eventual ligação da Rapidus ao roubo de dados da TSMC não foi oficialmente confirmada. Existe, inclusive, a possibilidade de os autores do crime terem atuado por conta própria e oferecido a informação à Rapidus sem que esta a tivesse solicitado ou aceite. A resposta ficará a cargo da investigação.



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