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Hacker acede a dados de aplicação de mensagens utilizada por Governo dos EUA | Cibersegurança

Um hacker obteve acesso a dados e mensagens de utilizadores da TeleMessage, uma companhia israelita que comercializa versões modificadas da aplicação Signal e de outras plataformas de mensagens como o Whatsapp e o Telegram, revelou este domingo o site tecnológico 404 Media. O serviço é utilizado pelo Governo norte-americano, como foi confirmado na quarta-feira quando Mike Waltz, entretanto afastado do cargo de conselheiro de segurança nacional de Donald Trump, se deixou fotografar a utilizar esta versão israelita do Signal durante uma reunião na Casa Branca.

A intrusão na plataforma revela que o serviço não oferece suficientes garantias de segurança para comunicações confidenciais do executivo. O hacker, cuja identidade não é revelada, apresentou à 404 Media exemplos de números de telefone e endereços de email de utilizadores, incluindo vários contactos pertencentes a elementos da guarda fronteiriça norte-americana e da polícia da capital Washington, bem como o conteúdo de mensagens e de grupos de conversação. “Diria que todo o processo demorou entre 15 e 20 minutos”, acrescentou. A publicação confirmou a veracidade dos dados através do contacto directo com alguns dos utilizadores.

Os dados revelados este domingo sugerem que a TeleMessage é utilizada por diversos sectores do aparelho de segurança norte-americano. Documentos públicos confirmam que agências e ramos do Governo como o Departamento de Estado celebraram contratos com a empresa israelita. O serviço da TeleMessage acrescenta uma funcionalidade de arquivo às comunicações encriptadas realizadas em plataformas como o Signal. Esse arquivo, neste caso, foi acedido pela fonte da 404 Media. É a segurança dessa funcionalidade adicional comercializada pela TeleMessage que está em causa, e não o serviço original do Signal, geralmente considerado seguro e recentemente reconhecido pelo Governo dos EUA como uma plataforma autorizada.

Na quarta-feira, a Reuters fotografou o ecrã do telemóvel de Mike Waltz durante uma reunião do Governo na Casa Branca. Nas imagens era visível que o então conselheiro de segurança nacional trocou mensagens através da versão do Signal da TeleMessage com o vice-presidente J.D. Vance, o chefe da diplomacia norte-americana Marco Rubio e a directora nacional de inteligência Tulsi Gabbard, sugerindo uma utilização intensiva da plataforma pela cúpula do Governo dos Estados Unidos.

Waltz foi afastado do cargo por Trump na quinta-feira e indicado para embaixador dos EUA nas Nações Unidas, uma nomeação que carece de confirmação pelo Senado norte-americano. Rubio assume agora o cargo interinamente. O responsável estava associado a outro caso de fuga de informação, quando um membro da sua equipa terá adicionado inadvertidamente o jornalista e director da revista The Atlantic, Jeffrey Goldberg, a um canal de conversação privado no Signal onde foram discutidos planos de ataque militar a posições houthis no Iémen.

Goldberg leu a conversa entre Waltz, o secretário da Defesa Pete Hegseth, Rubio, Vance e outros membros da Administração Trump. Após um primeiro desmentido da Casa Branca e do Pentágono, o jornalista revelou o diálogo na íntegra, à excepção da identidade de um presumível agente da CIA. Na altura, o Governo norte-americano negou que tivesse sido trocada qualquer informação de carácter confidencial e Trump saiu em defesa de Waltz e Hegseth. “Michael Waltz aprendeu uma lição e é um bom homem”, disse então o Presidente norte-americano à NBC News.

O caso, contudo, gerou indignação entre a comunidade militar e a oposição democrata, com várias vozes a pedir a demissão de ambos os responsáveis. Foi noticiado mais tarde que Hegseth também terá partilhado informações de planos militares com familiares seus, incluindo a sua mulher, através do Signal, e que Waltz recorreria frequentemente ao Gmail, um serviço de email exterior ao Governo, para coordenar a actividade da sua equipa. A sua demissão chegaria a 1 de Maio.

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