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Hamas acusa Israel de pôr cessar-fogo em perigo ao adiar entrega de prisioneiros | Médio Oriente

O Hamas acusou este domingo Israel de colocar “em grave perigo” todo o acordo de cessar-fogo, após a decisão do Governo israelita de adiar a libertação de 620 prisioneiros palestinianos. Os detidos palestinianos deveriam ter sido libertados no dia anterior, em troca de seis reféns israelitas em Gaza.

“Ao retardar a libertação dos nossos prisioneiros (…), o inimigo comporta-se como um bandido e põe em grave perigo todo o acordo” de cessar-fogo, declarou à AFP Bassem Naïm, alto responsável do Hamas, apelando aos mediadores que permitiram o acordo, “em particular aos Estados Unidos”, para fazerem “pressão sobre o inimigo, para cumprir o acordo e libertar imediatamente o grupo de prisioneiros”.

Os combates entre as duas partes cessaram em 19 de Janeiro, no âmbito de um acordo de cessar-fogo negociado por vários mediadores internacionais, Estados Unidos, Qatar e Egipto. Os seis reféns libertados este sábado eram os últimos prisioneiros israelitas vivos que deveriam ser entregues durante a primeira fase da trégua. Os corpos de quatro reféns israelitas mortos deverão ser devolvidos na próxima semana.

O gabinete do primeiro-ministro de Israel afirmou na madrugada de domingo (ainda noite de sábado em Portugal) que a libertação de prisioneiros palestinianos que estava prevista para sábado foi adiada até que esteja garantida a entrega dos reféns que ainda permanecem na Faixa de Gaza — “e sem as cerimónias degradantes”.

Num comunicado de imprensa, o gabinete de Benjamin Netanyahu informou que a decisão do adiamento foi tomada tendo em conta “as repetidas violações do Hamas, incluindo as cerimónias que humilham os reféns e o uso cínico dos reféns para propósitos de propaganda”.

Para o grupo islamista, a decisão de Netanyahu reflecte “uma tentativa deliberada de perturbar o acordo, representa uma clara violação dos seus termos e mostra a falta de fiabilidade da ocupação no cumprimento das suas obrigações”, afirmou, por sua vez, Ezzat El Rashq, membro do gabinete político do Hamas, em comunicado.

El Rashq acrescentou que as cerimónias não incluem qualquer insulto aos reféns, “mas reflectem antes o tratamento humano e digno dos mesmos”. O “verdadeiro insulto”, afirmou, é aquilo a que os prisioneiros palestinianos são sujeitos durante o processo de libertação, citando as mãos atadas, as vendas nos olhos e a as ordens para não celebrarem a sua libertação como exemplos da humilhação a que foram sujeitos pelas autoridades israelitas.

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