Avançado dinamarquês admitiu semelhanças com o sueco, até certo ponto, em entrevista ao Zerozero, afirmando que gostava que Cristiano Ronaldo regressasse a Alvalade e comentando a polémica com Rui Borges, entre outros temas
Na sua época de estreia em Portugal, Conrad Harder ficou um pouco na sombra de Viktor Gyokeres, mas teve bastantes momentos para brilhar e ser decisivo no Sporting, que acabou por conquistar o bicampeonato. O dinamarquês abordou as comparações com o sueco e muitos outros temas em entrevista ao Zerozero, desde o seu ídolo Cristiano Ronaldo até à amizade com Schjelderup, do Benfica.
«Estou feliz por ser campeão, têm sido dias agradáveis. Eu na realidade não tinha nenhumas expectativas. Disseram-me muitas coisas, que se vencêssemos seria uma loucura. Acho que fizemos tudo o que podíamos para ser campeões e agora estamos aqui como tal», começou por dizer, explicando o motivo pelo qual fez a celebração de Cristiano Ronaldo após ter marcado o seu primeiro golo em Alvalade.
«Falei com um bom amigo meu e ele disse-me que se eu marcasse na estreia teria de fazer aquela celebração. Eu disse que sim! O Ronaldo é o meu ídolo desde que eu era uma criança pequena, então, quando tudo aconteceu, eu tinha mesmo de festejar assim. Claro, seria bom tê-lo aqui. Acho que todos gostariam que ele viesse, sem dúvida», garantiu, elogiando Gyokeres, que pode estar de saída este verão.
«É bom ter um dos melhores avançados da Europa. Aprender com ele todos os dias tem sido incrível. No início eu não pensei de todo em copiá-lo. Estava a tentar entrar na equipa e não a tentar ser como ele, mas à medida que avanças na temporada e o vês a marcar, não sei, 50 golos ou mais… Então se puderes agarrar nalgumas partes dele e misturar com as tuas… É ainda melhor. Vou tentar o meu melhor. Não tentarei ser ele, tentarei ser eu mesmo. Eu não quero ser o próximo Gyokeres, quero ser o próximo eu», atirou, desvalorizando o facto de não ter tido tanto tempo de jogo como gostaria.
Rei do golo cumpriu a promessa: prémio de melhor marcador da Liga outra vez nas mãos do sueco. Há um ano apontava à segunda… já a recebeu
«Como jogador de futebol queres sempre estar em campo, mas acho que todos, especialmente eu, podem ver que o Viktor está noutro nível. Se ele está a competir pela Bota de Ouro, então não posso reclamar de estar no banco. Quero jogar, mas a minha hora chegará. Tenho 20 anos e tinha 19 quando assinei, por isso o meu momento ainda virá», explicou, apontando os dois melhores momentos da temporada.
«Bis em SC Braga? Esse jogo foi um dos melhores momentos para mim, mas para a equipa foi mais importante. Não porque marquei, mas porque ganhámos no último jogo do Ruben Amorim. Para mim acho que o momento mais especial foi marcar na Liga dos Campeões [1-1 com o Bologna]», contou, vendo com naturalidade a saída do técnico português a meio da temporada para o Manchester United.
Morten Hjulmand recorda a saída do treinador do Sporting a meio da época
«Acho que a vida de jogador e treinador de futebol tem estas coisas. Não podemos dizer se foi uma boa escolha ou não. As coisas acontecem rápido, é uma oportunidade e eu entendo que ele tenha aproveitado essa oportunidade. Acho triste que ele tenha ido embora. Ele estava muito, muito bem aqui. Mas isso também mostra a mentalidade do nosso grupo. Depois de tantos anos com ele, as coisas precisavam de mudar e mudaram. Nós adaptámo-nos. Tivemos alguns quatro ou cinco jogos sem vencer, mas fomos profissionais e vencemos a Liga», disse, tendo sido questionado sobre a polémica com Rui Borges no final de 2024/25.
«Tivemos algumas conversas e acho que foi um mal-entendido. Seguimos em frente a partir daí. Acho que foi só um mal-entendido. Açores? Não, sem comentários. Prefiro não falar. Relação com ele? É boa. Ele é uma boa pessoa e um treinador corajoso, que sabe o que está a fazer. A minha relação com ele é muito boa, tivemos algumas boas conversas. E não é só ele que é um bom treinador, é toda a equipa técnica e staff. Gosto muito deles», afirmou, apontando à conquista da dobradinha.
«É tão importante como a Liga. É um jogo, é uma final e, mais importante, é contra o Benfica. É claro que faremos tudo o que pudermos para vencer esta final. Não… é uma final. São 90 minutos. Acho que não há mais pressão sobre nós ou sobre eles. É equilibrado, tudo pode acontecer. Nós teremos de lutar e eles também. Lutaremos até ao fim e veremos qual será o resultado», disse, falando sobre a sua amizade com Schjelderup.
«Sim, falo com ele quase todos os dias. Sobre este jogo ainda não falámos, mas com certeza falaremos. Claro que temos de ter cuidado com o que fazemos juntos, mas um amigo é um amigo. Não é possível esconder uma amizade e eu ainda conto com ele como amigo, é claro», acrescentou.
Vote na sua opção e diga nos comentários se tem outra
Sugestão de vídeo:
#Harder #Não #quero #ser #próximo #Gyokeres #quero #ser #próximoeu