O primeiro edifício do mega centro de dados que está a ser construído em Sines foi inaugurado esta sexta-feira. O projeto, lançado por António Costa em 2021, é da responsabilidade da Start Campus, a empresa no centro da investigação do Ministério Público que levou à queda do anterior executivo. Na inauguração desta manhã estiveram os ministros da Economia e das Infraestruturas, que sublinharam a importância do investimento milionário.

O projeto do data center de Sines foi lançado em 2021. Quatro anos depois, é outro governo que vem ligar este primeiro edifício.

O atual ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, fez questão de deixar uma palavra aos antigos ministros João Galamba e António Costa Silva, sugerindo que, se também não for ele a continuá-lo, o projeto não está em causa.

“É bom esta humildade, é bom esta reciprocidade, esta garantia de estabilidade e de confiabilidade com que os privados podem olhar para o Estado. Independentemente do que venha a acontecer, estou profundamente convicto de que este projeto une todos os portugueses”, declarou Miguel Pinto Luz.

Investimento da Start Campus, criada em 2020 por duas empresas financeiras – uma britânica e outra norte-americana -, serve de exemplo para o que outro ministro tem a dizer sobre o atual contexto económico.

“Temos a dizer que o investimento americano é muito bem-vindo a Portugal. Com confiança, em vez de afastamento. Com investimento, em vez de tarifas. Com combate a barreiras, em vez de bloqueios. Com liberalismo, em vez de protecionismo”, declarou Pedro Reis, ministro da Economia

A Start Campus e a Operação Influencer

Oito mil e 500 milhões de euros é com quanto a Start Campus acena para a totalidade deste polo de inovação tecnológica em Sines. Continua a ser descrito pelos governantes como o maior investimento estrangeiro em Portugal desde a Autoeuropa, ainda que, pelo meio, o projeto da Start Campus – que António Costa apadrinhou a 23 de abril de 2021 – tenha estado no centro da investigação do Ministério Público que provocaria a demissão do então primeiro-ministro.

A Start Campus é arguida na Operação Influencer, mas megacentro de dados continua a ser construído. O edifício-piloto já está a funcionar há uns meses e a segunda fase arranca até ao verão.

Até 2028, a empresa adianta que vai criar mais de 1.200 empregos diretos e mais de 8 mil indiretos.