Incêndios em Portugal
Em atualização
O incêndio em Vila Real é o que, neste momento, mobiliza mais meios, incluindo 10 aéreos. O fogo tem três frentes ativas, a mais preocupante ameaça a aldeia de Vila Cova e o concelho vizinho de Mondim de Basto. O autarca de Vila Real fala num “ataque ao nosso território” e apela às autoridades para que “continuem a fazer o seu trabalho para punirem aqueles que estão a colocar em causa a nossa casa comum”.
PEDRO SARMENTO COSTA/LUSA
As chamas não dão tréguas aos operacionais em Vila Real. O alerta para o incêndio foi dado na noite deste sábado e no teatro de operações continuam centenas de meios. Neste momento, de acordo com a página da Proteção Civil, estão mobilizados mais de 190 operacionais, 58 meios terrestres e dez meios aéreos.
Uma das três frentes ativas – Vila Cova, Gontães e Sirarelhos – e dirige-se, como relatam os repórteres da SIC e confirmou o presidente da Câmara de Vila Real, para o concelho vizinho de Vila Real.

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O autarca de Vila Real, Alexandre Favaios, fala num “ataque ao nosso território” e apela às autoridades para que “continuem a fazer o seu trabalho para punirem aqueles que estão a colocar em causa a nossa casa comum”.
“Aquilo que nós estamos a assistir é claramente um ataque ao nosso território, depois de ontem às 14:00 ter surgido uma primeira ignição em São Cibrão, que entretanto se deslocou para o concelho vizinho de Sabrosa; tivemos às 20:00 uma outra entre Mondrões e Torgueda e tivemos, depois, às 23:00 este aqui, em Sirarelhos”, afirmou Alexandre Favaios.
O fogo que teve início em Sirarelhos avançou para Gontães e Vila Cova, lavrando em três frentes e tendo entrado já no concelho de Mondim de Basto.
“São essas [frentes] claramente as que nos preocupam mais. Aquilo que nós pedimos é que as autoridades, naturalmente, continuem a fazer o seu trabalho para punir aqueles que, de alguma maneira, estão a colocar em causa aquilo que é a nossa casa comum“, afirmou Alexandre Favaios.
É em Vila Cova que estão centradas as maiores preocupações.
“Depois de ter existido aqui alguma acalmia, o vento tem levado a que o incêndio se tenha propagado com alguma intensidade. Ele já entrou no território do concelho vizinho de Mondim, onde já estão também a ser posicionados alguns meios para facilitarem de forma articulada o combate”, afirmou, admitindo que uma “manhã particularmente exigente, em que o incêndio, devido à velocidade de propagação e ao vento que se fazia sentir, se aproximou das habitações, o que levou a que tivéssemos de solicitar de forma preventiva a retirada de algumas pessoas das habitações”.
Estas pessoas estão junto de familiares na aldeia e, segundo Alexandre Favaios, “logo que estejam salvaguardadas todas as condições de segurança”, poderão regressar a suas casas.
“Neste momento não temos habitações em perigo, continuam a não existir danos em casas ou vítimas, temos a lamentar a área florestal ardida e a produção agrícola”, acrescentou, especificando que esta é uma zona de castanheiros e também de produção de mel.
Alexandre Favaios salientou que, “apesar de não estarem em causa aldeias”, no momento em que prestava declarações aos jornalistas, “os danos são incalculáveis”.
“É um ataque claramente ao nosso concelho, ao nosso território“, repetiu.
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Os operacionais no terreno “têm sido absolutamente extraordinários no combate e na salvaguarda daquilo que é prioritário”, destacou, referindo que se espera a projeção de mais meios para esta ocorrência, nomeadamente alguns que possam ser retirados do fogo de São Cibrão e Sabrosa, que foi dado como em resolução.
O outro fogo que se mantém ativo é o que teve início em Torgueda, onde estão 85 operacionais e 25 viaturas. “É um incêndio que não nos preocupa tanto, de facto, também aqui não existe perigo de pessoas e bens em termos de casas, mas é também preciso consolidar o trabalho que tem sido feito pelos homens e mulheres no terreno“, salientou.
A avaliação dos danos e a contabilização da área ardida será feita depois de os incêndios estarem resolvidos.
Segundo a página da Internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), pelas 17:45 estavam mobilizados 192 operacionais, 58 viaturas e 10 meios aéreos para o fogo que lavra em quatro frentes e que começou sábado à noite em Sirarelhos.
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