Um incêndio num armazém industrial que armazenava produtos de limpeza para piscinas em Vilanova i la Geltrú, em Barcelona, provocou na madrugada deste sábado, uma nuvem tóxica de cloro que levou ao confinamento de cinco municípios: Cubelles, Roquetes, Vilanova i la Geltrú, Cunit e Calafell — estes dois últimos na província de Tarragona.

Ainda de madrugada, a Protecção Civil da Catalunha enviou alertas por telemóvel a cerca de 150 mil residentes, pedindo que permanecessem em casa ou nos locais de trabalho, com portas e janelas fechadas e sem utilizar sistemas de ventilação. O proprietário da empresa disse ter recebido o alerta às 2h.

As autoridades alertam para possíveis sintomas de irritação nos olhos e garganta provocados pela exposição à nuvem. Até ao momento, não há registo de feridos nem de internamentos hospitalares, segundo o El País.​

A Generalitat catalã activou o plano de emergência para riscos químicos, conhecido como PLASEQCAT, e suspendeu o serviço ferroviário, assim como circulação de automóveis nas imediações da zona afectada. Os bombeiros já controlaram o incêndio, mas este ainda não está extinto. No local, estão 24 operacionais a combater as chamas.

O vento pode agravar o cenário ou deslocar a nuvem para outros municípios, sendo que a agência EFE avança que a nuvem está a ser empurrada em direcção ao mar. Às 9h00, a Protecção Civil indicava que o confinamento não se alargaria a outros localidades, mas que se manteria nos cinco municípios já abrangidos, sem previsão para o seu levantamento.

L’incendi de Vilanova i la Geltrú continua actiu. Està confinat a la nau de productes per a piscines i treballem amb l’objectiu d’evitar la propagació a les naus adjacents.

No consten ferits
Hi ha 25 ?? #bomberscat amb #GRIT #GROS #UCM mobilitzades#PLASEQCAT @emergenciescat pic.twitter.com/AbwrXBu58e

— Bombers (@bomberscat) May 10, 2025

O presidente do Município de Vilanova i la Geltrú, Juan Luis Ruiz, sublinhou ao canal de televisão 3/24 que só são permitidas deslocações a centros de saúde e que, nesses casos, é obrigatório o uso de máscara, “tal como durante a pandemia de covid”.

Jorge Viñuales, proprietário da empresa afectada — a CleanWater Pool — afirmou à rádio RAC1 que foi alertado do incêndio por volta das 2h da madrugada e apontou uma possível bateria de lítio como origem do fogo, embora a investigação dos bombeiros ainda esteja em curso.

Segundo o proprietário, o armazém cumpria todos os requisitos legais, com as medidas de segurança exigidas e armazenava apenas a quantidade de produto químico permitida por lei.