Tarifas de Trump continuam a travar subida das bolsas asiáticas e europeias
As bolsas asiáticas fecharam mais uma sessão maioritariamente com perdas, à boleia de mais tarifas dos EUA impostas por Donald Trump. À escalada de tensões comerciais junta-se ainda o facto de o Governador do Banco do Japão, Kazuo Ueda, ter dito no Parlamento que espera que os salários subam e as despesas dos consumidores melhorem à medida que a inflação das importações diminui, o que dá mais espaço ao banco central para aumentar as taxas de juro.
O comentário fez com que os futuros das obrigações do Japão caíssem para o seu nível mais baixo desde novembro de 2009.
“A curto prazo, dependerá muito das perspetivas dos EUA. Não sei se os receios com as tarifas estão a diminuir. Ainda parece haver muitas incertezas”, disse Frank Benzimra, diretor de estratégia para as ações da Ásia na Societe Generale SA, à Bloomberg.
Alguns analistas acreditam que “o fundo do poço” para as ações em Wall Street está “provavelmente aqui”. O pior da correção pode já ter passado, de acordo com o JP Morgan.
Ainda assim, as ações negociadas em Hong Kong foram das maiores vencedoras dos “caóticos” primeiros 50 dias de Trump na Casa Branca. O índice de referência, o Hang Seng, subiu 20% desde que o republicano voltou à presidência, registando o melhor desempenho do mundo. Esta quinta-feira, encerrou a perder 0,9%.
O Shanghai Composite perdeu 0,4%. No Japão, o Nikkei perdeu modestos 0,07% enquanto o Topix avançou 0,13%. Na Coreia do Sul, o Kospi recuou ligeiros 0,046%.
A Europa aponta também para perdas, com o Euro Stoxx 50 a cair 0,5%. Os investidores continuam apreensivos com a guerra comercial que se está a materializar entre os norte-americanos e a União Europeia, depois de Bruxelas ter respondido às tarifas de Donald Trump com taxas alfandegárias no valor de 26 mil milhões de euros.
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