Repórteres do Mundo
Quando o pequeno James nasceu às 24 semanas, pesava apenas 685 gramas e a cabeça era do tamanho de uma tangerina. A mãe, Sanne Wiegmans, recorda-se emocionada dos dias que viveu e das muitas tentativas para o manter vivo.
“Quando ele agarrou o meu dedo, só conseguia cobrir a unha do mindinho.” Colocado numa incubadora tradicional, James lutou pela vida. Apesar de progressos iniciais, o estado do prematuro agravou-se e os médicos não conseguiram salvá-lo.
Foi precisamente a pensar em casos como o de James que a investigadora Myrthe van der Ven, da Universidade de Tecnologia de Eindhoven, desenvolveu uma solução inovadora: uma incubadora de água.
“Quando um bebé nasce tão cedo queremos que continue dentro de água.”
Assim, depois do parto, o prematuro será colocado num saco com fluido amniótico artificial. Nesse momento, os médicos terão dois minutos para o ligar a uma placenta artificial que fornece oxigénio e nutrientes. Uma vez estabilizado, o bebé poderá ser transferido para uma incubadora de água.
“Não se trata só de salvar vidas, mas melhorar a qualidade de vida a longo prazo. Reduzir deficiências e atrasos no desenvolvimento.”
A incubadora de água será inicialmente testada com robôs e em ensaios com animais, com o objetivo de obter aprovação médica. A previsão é que esteja disponível em hospitais dentro de cinco a dez anos.
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