Vivo Novidades

Blog Post

Vivo Novidades > Notícias gerais > Inflação na Zona Euro abranda antes de reunião do BCE | Inflação

Inflação na Zona Euro abranda antes de reunião do BCE | Inflação

Os governadores da Zona Euro vão sentar-se no edifício-sede do Banco Central Europeu na próxima quinta-feira, dia 5 de Junho, com os dados mais actualizados da inflação: a evolução dos preços está abaixo do objectivo definido pela autoridade monetária.

A inflação na Zona Euro deverá ser de 1,9% em Maio de 2025, de acordo com a estimativa rápida do gabinete de estatísticas europeu (Eurostat) publicada esta terça-feira, 3, depois de ter ficado em 2,2% em Abril. A expectativa dos economistas compilados tanto pela Reuters como pela Bloomberg apontava para 2%.

Assim, a evolução da inflação mostra um abrandamento mais pronunciado do que o antecipado e ficou abaixo da fasquia dos 2% – a meta definida pelo Banco Central Europeu para o médio prazo com o objectivo de assegurar a estabilidade de preços. A taxa de depósitos do euro (referência para a Zona Euro) está em 2,25% e a expectativa dos economistas é que o corte a leve aos 2%.

O facto de a inflação ter ficado aquém dos 2% serve de argumento para os governadores que defendem um novo corte de juros pelo BCE (tal como é antecipado pelos economistas e que parece já descontado nas taxas de mercado). A reunião de política monetária é esta quinta-feira e a sondagem da Reuters aponta para um novo corte. Foi por ter disparado a inflação em 2022 que a autoridade liderada por Christine Lagarde decidiu empreender uma abrupta subida das taxas de juro, que travou e inverteu quando se deu a desaceleração dos preços.

A alimentação, álcool e tabaco foram os principais componentes a impedir um abrandamento mais forte dos preços, sendo que os serviços foram aqueles que marcaram um maior abrandamento face à taxa registada em Abril. O índice subjacente, que exclui a alimentação e a energia (tenta evitar os bens mais voláteis), passou de 2,7% em Abril para 2,3% em Maio. Entre os países do euro, Portugal apresenta uma das taxas de inflação mais baixas: o índice harmonizado, que permite comparações europeias, é de 1,7%. Ainda assim, o índice de preços no consumidor nacional acelerou para 2,1%.

Na Zona Euro, os economistas que têm vindo a pronunciar-se admitem um corte de juros em Junho, mas há dúvidas sobre a actuação do BCE nos meses seguintes: o governador do banco central de Itália, Fabio Panetta, veio a semana passada sinalizar isso mesmo, que há menos espaço para cortes de juros, mas que é preciso flexibilidade, tendo em conta o que se tem passado no mundo.

Aliás, tal flexibilidade é necessária porque não se sabe quais a dimensão do impacto das tensões geopolíticas em cima da mesa mundial. A OCDE publicou esta terça-feira um relatório em que volta a trazer pessimismo para a evolução da economia global (a que Portugal não escapa), sobretudo devido à política de imposição de tarifas aduaneiras pelos Estados Unidos da América. Além da decisão de política monetária, o BCE vai divulgar novas projecções macroeconómicas.

#Inflação #Zona #Euro #abranda #antes #reunião #BCE #Inflação

Leave a comment

Your email address will not be published. Required fields are marked *