Conflito Israel-Palestina
Começa esta segunda-feira, em Nova Iorque, uma cimeira internacional que vai discutir a solução de dois Estados para o conflito no Médio Oriente. França e Arábia Saudita são os organizadores do encontro, que contará com a participação de vários países, entre eles, Portugal.
França já anunciou que vai reconhecer formalmente o Estado da Palestina em setembro, durante a Assembleia Geral das Nações Unidas, tornando-se assim o primeiro país do G7 a fazê-lo. A decisão, confirmada por Emmanuel Macron, foi aplaudida pelos responsáveis palestinianos, duramente criticada por Israel e desvalorizada pela presidência norte-americana.
Apesar de não acompanhar Paris neste reconhecimento, os Estados Unidos continuam a defender uma solução negociada para o conflito. França, por sua vez, espera que outros países venham a seguir o mesmo caminho.
Do lado português, o Governo rejeita qualquer tipo de pressão externa. Paulo Rangel afirma que “Portugal é um país soberano”, lembrando que a política externa nacional “não é definida por outros”, ainda que articulada com os parceiros europeus. O ministro dos Negócios Estrangeiros confirma que o tema foi “conversado com França”, mas sublinha que a decisão portuguesa será tomada de forma autónoma.
O reconhecimento do Estado da Palestina é um cenário que Lisboa admite, com Paulo Rangel a sublinhar que Portugal “sempre esteve aberto” a essa possibilidade.
A questão volta agora à agenda internacional com mais força, especialmente no Reino Unido. Keir Starmer está sob pressão, depois de mais de 200 deputados – entre eles vários membros do Governo – terem assinado uma carta a pedir ao primeiro-ministro britânico que avance com o reconhecimento da Palestina.
Neste momento, mais de 140 países reconhecem oficialmente o Estado da Palestina. A maioria encontra-se na Ásia, África e América Latina.
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