Já lá vão sete, fora os outros todos. Panda Bear é sem dúvida um dos homens mais trabalhadores da música, sobretudo a de cariz indie; seja nos Animal Collective, banda com a qual mudou a pop da viragem do milénio. seja a solo ou noutros projetos e colaborações, o músico norte-americano nunca esteve mais de três anos sem lançar um longa-duração. Acaba de acrescentar mais um capítulo ao seu trabalho a sós, mesmo que “Sinister Grift” – e é esse o nome deste novo disco – conte com as participações dos seus demais colegas de banda, pela primeira vez no seu próprio percurso.
Animal Collective, e não só: no disco encontramos também Cindy Lee, nome que marcou a música independente de 2024, a portuguesa Maria Reis, autora de um dos discos preferidos do norte-americano nesse mesmo ano, e a sua própria filha, Nadja, fruto da sua relação com a designer de moda Fernanda Pereira, de quem entretanto se separou – uma separação que se reflete nas letras das canções, mesmo que Panda Bear nos diga que já não faz “nada que seja muito autobiográfico”. O “Grift” podia ser grief, mas o músico garante – e ao ouvi-lo entendemos – que não há aqui apenas tristeza, mas também muita luz.
A BLITZ encontrou-se com Panda Bear na mesma Lisboa em que reside há duas décadas, para falar não só de “Sinister Grift” mas também da cidade em si, e das transformações a que tem assistido. A Inteligência Artificial, o papel da crítica musical e, até, o Sport Lisboa e Benfica – clube do qual Panda Bear é adepto ferrenho – não ficaram de fora. Não há aqui nada de sinistro; apenas uma conversa amigável sobre canções fenomenais.
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