Incêndios em Portugal
O candidato à liderança do PS defende que o Governo deve “explicitar” a falta de colocação de helicópteros de combate a incêndios em três concelhos alentejanos.
As sub-regiões do Alentejo Litoral e Baixo Alentejo ainda não receberam os três helicópteros previstos no dispositivo de combate a incêndios. José Luís Carneiro, candidato à liderança do PS e antigo ministro da Administração Interna, exige que o Governo explique o atraso numa altura em que o risco de incêndio aumenta.
Os autarcas de Grândola, Ourique e Moura já tinham alertado no início da semana para o atraso na colocação de meios aéreos. O Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais deste ano previa a colocação de um helicóptero em cada um destes três concelhos alentejanos a partir do dia 1 deste mês, bem como da respetiva equipa da GNR para os operar. Mas esse objetivo ainda não se concretizou.
Os autarcas dizem que estes meios são essenciais para atacar e extinguir os fogos numa fase inicial e evitar que ganhem maiores proporções, e acusam o Governo de não cumprir o que lhe competia e de estar a pôr em risco uma extensa área florestal natural, já que os helicópteros iriam operar também nos concelhos vizinhos.
Situação que também preocupa o candidato à liderança do PS e que foi também ministro da Administração Interna de António Costa.
“Numa altura em que as temperaturas estão a apertar e a humidade está a diminuir, em que os riscos de incêndio aumentam, é muito importante ter um meio aéreo para dar maior operacionalidade às forças que combatem os incêndios. É preciso explicitar porque razão até agora ainda não está o meio aéreo alocado e vamos esperar pela resposta do Governo”, alerta José Luís Carneiro.
O jornal Público avança que a razão para o atraso estará na recente investigação da Polícia Judiciária relativa a um possível cartel no combate aéreo aos fogos e a uma alegada viciação das regras de contratação pública que criou constrangimentos na vertente operacional e de decisão.
No caso de Grândola e Ourique haverá ainda outro constrangimento: o concurso aberto para cinco meios aéreos ficou deserto.
O Dispositivo de Combate aos Incêndios Rurais conta atualmente com 67 meios aéreos. São menos nove do que as aeronaves previstas para esta fase. A Força Aérea anunciou ao Público que até ao fim do mês serão contratados mais dois aviões ligeiros.
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