“A maioria dos CEO com quem tenho falado acredita que os Estados Unidos já estão em recessão“, afirmou esta segunda-feira, 7 de abril, o presidente executivo da BlackRock, numa entrevista no Economic Club of New York. “A economia [norte-americana] está a debilitar-se cada vez mais, à medida que estamos a falar”, sublinhou Larry Fink, acrescentando que antevê uma maior desaceleração económica nos próximos meses.
Segundo Fink, é provável que a inflação suba, o que leva a que se comece a colocar uma maior probabilidade de a Reserva Federal norte-americana proceder este ano a mais cortes dos juros diretores do que o inicialmente pensado. Com efeito, já se fala em cinco descidas da taxa dos fundos federais, em vez das três que eram apontadas antes do anúncio de Trump, a 2 de abril, de tarifas recíprocas sobre quase todos os parceiros comerciais dos EUA – uma ação que ficou conhecida como “dia da libertação”.
Dando um exemplo de como os receios estão a intensificar-se, Fink diz que tem estado a ouvir executivos das companhias aéreas falarem, com preocupação, de uma queda da procura por viagens de avião.
O CEO da BlackRock advertiu também para a possibilidade de as bolsas poderem cair ainda mais devido às políticas tarifárias de Donald Trump – que irão desestabilizando de forma crescente a economia mundial. Desde o final da semana passada que os mercados acionistas de todo o mundo têm estado a ser alvo de uma “debandada”, movimento que se reforçou esta segunda-feira.
Os investidores estão a mostrar-se avessos ao risco e a procurar ativos considerados seguros, como as obrigações.
No que respeita ao mercado acionista, Fink considera que, numa perspetiva de longo prazo, as atuais quedas constituem mais uma oportunidade de compra do que de venda. “Mas não quer isso dizer que podemos cair mais 20% a partir daqui”, apontou, em alusão ao facto de o S&P 500 ter entrado em “bear market”, ou seja, a registar uma desvalorização de 20% face aos máximos históricos que atingiram este ano.
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