Guerra no Médio Oriente
A petição está disponível na internet e é dirigida ao presidente da AR, o social-democrata José Pedro Aguiar-Branco. Vários artistas nacionais estão entre os subscritores desta petição pelo “fim do genocídio” em Gaza.

Mahmoud Issa
Mais de 55 mil pessoas tinham assinado este sábado ao fim da tarde uma petição de um grupo de cidadãos, cujo primeiro subscritor é o músico Adolfo Luxúria Canibal, exigindo o empenho do Governo pelo “fim do genocídio” na Faixa de Gaza.
“Queremos que a Assembleia da República (AR), onde estão eleitos os nossos representantes, se pronuncie e que recomende ao Governo um papel ativo na defesa dos direitos humanos e no fim do genocídio em Gaza”, afirmam os promotores da petição pública, que às 19:30 de hoje tinha sido assinada por cerca de 55.700 cidadãos.
“É inadmissível ser neutral perante o que se passa em Gaza. É inadmissível assistir a um genocídio em silêncio. As futuras gerações não nos perdoarão. É inadmissível que a Europa assista em silêncio à morte de crianças que procuram comida, assim como é inadmissível nada fazermos enquanto crimes de guerra são cometidos diariamente”, alertam os peticionários.
Além de Adolfo Luxúria Canibal, as cantoras Ana Bacalhau, Aldina Duarte e Ana Moura estão igualmente entre os primeiros promotores da iniciativa.
“Quando, no futuro, alguém nos perguntar como foi possível assistirmos a um genocídio do nosso sofá e o que fizemos para o impedir, o que vamos responder?”, interpelam.
O grupo de cidadãos, “de várias tendências políticas ou sem elas, juntou-se para dizer que estamos atentos, de olhos postos em Gaza, e não nos conformamos com a passividade do Estado Português”, acrescentam.
Recordam que as Nações Unidas “já apelaram por diversas vezes ao cessar fogo em Gaza, para que seja possível a entrada de ajuda médica e humanitária neste território onde adultos, crianças e bebés morrem diariamente por falta de acesso às necessidades mais básicas”.
“Humanidade, neutralidade, imparcialidade e independência — são estes os quatros pilares que regem os princípios das Nações Unidas”, salientam, afirmando que pretendem, com a petição, “que Portugal tenha um papel ativo e relevante na promoção da paz e na defesa dos direitos humanos”.
É necessário reunir 7.500 assinaturas, para que o parlamento português discuta em plenário “três pontos fundamentais”, referem os promotores.
E esses pontos, segundo a petição, são os seguintes: “a necessidade de apelar a um cessar-fogo imediato”, “o apelo a que Israel permita a entrada imediata de ajuda médica e humanitária para a população de Gaza, através das Nações Unidas” e “o reconhecimento pelo Governo e pela Assembleia da República de que está em curso um genocídio em Gaza”.
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