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Os gregos acusam o governo de um alegado encobrimento de responsabilidade pelo pior acidente ferroviário da História do país.
A junção de uma greve geral com a recordação de uma tragédia nacional levou a tumultos nas ruas, na Grécia. Pelo menos 99 pessoas foram detidas e 50 ficaram feridas.
Esta sexta-feira, assinalaram-se dois anos do desastre ferroviário que deixou 57 mortos. Cerca de 300 mil gregos participaram numa greve geral e em manifestações em memória das vítimas do acidente de 28 de fevereiro de 2023.
Em Atenas, cerca de 200 mil manifestantes reuniram-se em frente ao Parlamento para exigir respostas sobre as causas exatas do acidente.
A mobilização, até então, pacífica foi abalada depois de um grupo de pessoas mascaradas atirar cocktails molotov e pedras contra a polícia, que respondeu com gás lacrimogéneo.
Um relatório financiado pelas famílias das vítimas concluiu que o comboio que sofreu o trágico desastre ferroviário, em 2023, transportava uma carga ilegal e não declarada de produtos químicos explosivos – o que pode ter contribuído para o elevado número de mortos.
“Constatámos que existem grandes deficiências e carências no sistema de segurança ferroviária grego, falhas na formação na monitorização, nos sistemas SMS, no sistema de gestão de competências, na coordenação, na qualificação, no acompanhamento dos procedimentos e dos procedimentos de segurança, no fabrico e instalação de novos equipamentos e também no material ferroviário”, afirma ChristosPapadimitriou, responsável da investigação de segurança ferroviária.
“Todos estes fatores contribuíram para o acidente.”
Os gregos reclamam de um alegado encobrimento de responsabilidade pelo pior acidente de comboio no país.
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