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Missão Escola Pública sugere que escolas façam provas-ensaios no mesmo dia | Educação

O movimento de professores Missão Escola Pública escreveu ao Ministério da Educação a pedir que as provas-ensaios que servem de teste às provas de monitorização das aprendizagens (provas ModA) sejam realizadas, na mesma escola, todas no mesmo dia e não distribuídas ao longo de uma semana, alegando que isso compromete “uma avaliação fiável” dos sistemas. “O facto de as provas-ensaios estarem a ser realizadas ao longo de toda a semana, com as escolas a tentarem optimizar os recursos e a evitar a sobrecarga da rede, impede que o verdadeiro teste às condições de aplicação seja realizado, uma vez que a situação criada é artificial”, considera este movimento de professores.

Na semana passada, arrancaram as provas-ensaios de Português para os alunos do 4º, 6.º e 9.º anos. São uma espécie de teste para os alunos treinarem para as provas ModA dos 4.º e 6.º anos e para as provas finais do 9.º ano, que se realizam no final do ano lectivo. A ideia é que, por um lado, os alunos testem a plataforma do Instituto de Avaliação Educativa (Iave) onde são feitas as provas — que serão em formato digital — e, por outro, que as escolas testem os seus equipamentos informáticos e de ligação à Internet para garantir que nas provas de Maio e de Junho terão todas as condições para que estas se realizem sem percalços.

Segundo os dados do ministério, houve 271.036 alunos a realizar a prova de Português. Estes testes foram sendo feitos ao longo da semana passada, dado que as escolas tinham essa margem para a sua realização. Nalguns casos, as várias turmas de uma mesma escola realizaram a prova em horários ou dias distintos, o que para a Missão Escola Pública, pode “induzir em erros de falsa confiança num sistema que, em sobrecarga, falhará por um excesso de confiança que não acautelou o erro”. No dia da prova efectiva, a expectativa é que os alunos de um determinado ano a realizem em simultâneo. Ou seja, é expectável que haja maior pressão sobre os recursos informáticos, as redes das escolas e o funcionamento da plataforma.

Num apelo dirigido esta terça-feira à tutela, o movimento de docentes nota ainda que há relatos de casos de alunos que ainda não têm o equipamento necessário à realização da prova. Na sexta-feira, em comunicado, o Ministério da Educação assumiu terem existido alguns constrangimentos, mas considerou-os “residuais”.

“Os casos pontuais em que essas dificuldades impediram os alunos de realizar integralmente as suas provas-ensaios estão sob análise por parte dos serviços do Ministério da Educação, Ciência e Inovação, para identificação dos problemas e a sua resolução atempada até à realização das provas Moda”, disse ainda a tutela.

Para haver uma maior uniformidade no registo das diferentes situações que possam levar um aluno a não realizar a prova, a Missão Escola Pública pede ainda à tutela que envie às escolas instruções detalhadas sobre como proceder ao registo: “ausência do aluno, aluno sem computador, prova não concluída por problemas de conectividade ou outros constrangimentos informáticos, bem como indicações que o tempo estipulado para a prova deve ser cumprido independentemente dos constrangimentos que venham a ocorrer”.

Esta semana, os alunos vão realizar as provas-ensaios de Inglês no 4.º ano e de História e Geografia de Portugal no 6.º ano. E, na próxima semana, serão feitas as provas de Matemática (4.º, 6.º e 9.º anos).

Os resultados serão partilhados com as escolas até ao final do 2.º período, de forma a que possam ser tidos em conta para a avaliação interna dos alunos se as escolas assim o desejarem.

Para a Missão Escola Pública, caso se a avaliação geral destas provas-ensaios indique que nem todas as escolas têm as condições necessárias para a realização das provas de avaliação externa com recurso ao digital — e que a “equidade para todos os alunos” não está garantida —, propõe que sejam realizadas com recurso a uma amostra. No caso das provas finais do 9.º ano, como contam para a avaliação do aluno, propõe mesmo que estas sejam feitas em papel, caso se confirme que as dificuldades técnicas peristem.

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