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O primeiro-ministro reafirma que o diálogo com a oposição “não inclui nenhum acordo de governação”.
Luís Montenegro nega a existência de acordos exclusivos com o Chega, mas diz que o partido de André Ventura tem uma posição condizente com a do Governo em temas como a imigração.
Em declarações este domingo na chegada à festa do Chão da Lagoa, na Madeira, este domingo, o primeiro-ministro a lamenta a “teimosia” do PS nas questões relacionadas com a imigração e não compreende as críticas sobre uma eventual aproximação ao Chega.
“Quem esteve oito anos, por exemplo, a promover uma política de imigração num determinado sentido, é de facto difícil, agora, em oito meses mudar de posição, é legítimo (…) O que eu já não compreendo bem é que eles [os socialistas] não respeitem que um Governo que prometeu aos portugueses uma política diferente, que os portugueses validaram, e não possam aceitar que haja uma aproximação de posições com outros partidos que têm uma posição mais condizente com aquela que o Governo tem.”
Luís Montenegro diz-se disponível para dialogar com os partidos à esquerda e à direita, mas garante que isso “não inclui nenhum acordo de governação permanente”. Se para existir colaboração entre partidos fosse preciso um “contrato de exclusividade” o Governo seria sempre sustentado por coligações, argumenta.
“Eu prometi aos portugueses que não ia fazer nem coligação com o Chega, nem com o PS e não vou fazer”, assegurou.
O primeiro-ministro disse ainda que o Presidente da República vai exercer o papel que a Constituição lhe confere no âmbito da lei da imigração.
“O Presidente da República vai fazer uma avaliação [da lei da imigração], uma ponderação, que é simultaneamente política e jurídica e vai exercer os seus poderes que a Constituição lhe confere”, afirmou.
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